23 de nov. de 2020

Voltar para casa

 Minha casa

Uma esquina qualquer...
tu atravessas a rua, só
Eu, taça, me escorro da alegria
Eu, pedra, me verto nas
águas da pele – lágrimas
salpicam teu perfume
Eu, ponto, me brotam os porquês
Eu, olhar, me perco nas dobras do tempo
Vagueio incrédula
Eu, caminho, retorno à casa
acobertada pela carne que treme
Eu, silêncio, busco-me na
minha própria ponte
Eu, alma, sofro a travessia
Eu, amor, ainda a te amar,
me escolho, me escuto
Eu, laço, me desenlaço
Deixo tu ires em fitas ao vento
Eu, vida, em outras esquinas
percorro minha rua
Eu, passo, apresso,
me encontro logo ali
Eu, reflexão... há dias,
que é preciso esperar o Sol
nascer de novo
Meu tempo
Em lágrima secas, por ti,
experimento saudade.
Olynda Bassan
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