28 de out. de 2013

Nasce um Blog

     Família, amigos... Momento de abrir a caixa surpresa.
Vejam até onde chegou a minha ousadia e coragem.
Pode ser que apenas eu, ache este blog bonito, interessante; “como uma mãe que admira seu próprio filho”. Mesmo assim, resolvi me arriscar neste espaço de interação. Quem sabe alguém também o ache “bonitinho” e até resolva brincar com ele. rsrs.
A minha proposta é falar sobre o olhar do “cotidiano.” Onde os pequenos gestos carregam em si uma gama de sentido, de valor, de alegria.
 O poeta Almir Correa nos diz: ‘não engavete o assunto, senão ele morre sufocado. “Quem gosta de gaveta é lenço, toalha e deputado”. Segui seu conselho, e olhe no que deu; o lançamento do Blog “O OLHAR DO COTIDIANO”. O olhar no qual eu acredito. O olhar que me faz feliz. O olhar que me faz louvar, amar, agradecer, me reinventar. Viver o simples com intensidade.
Ser lançado neste dia 28/10/2013, não foi por acaso. Ele ainda precisa de ajustes. Então por que lançá-lo? Pois bem, hoje seria aniversário da D. Malvina, nossa Mãe. Não é família?
Conto para vocês, apenas uma de suas inúmeras sensibilidades do cotidiano, as quais nos enchem de ternura, gratidão e saudade.
 Por ocasião de nossos aniversários, nós não éramos presenteados por esta mulher forte, guerreira. Era mais que isto! Éramos homenageados. Ela nos acolhia em seu enorme coração, com um buquê de flores colhido em seu imenso e lindo jardim. D. Malvina alisava os papéis de presentes recebidos e os guardava embaixo do colchão. Em uma gavetinha guardava os laços, fitas de cetim, florzinhas. Tinha tudo à mão para enfeitar “seu símbolo de amor,” Neste seu gesto, neste seu abraço transmitia seu calor, sua vida, os quais se prolongavam em nós. E como nos sentíamos amados naquele momento!
“Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”. Nossas mãos eram perfumadas por aquelas mãos sujas de terra, que cavoucavam, plantavam, regavam, colhiam.
  Hoje eu penso: como nossa mãe conseguia fazer tanta coisa em um dia só? E os doces, bolos, bolachinhas, compotas, comidas, pães, roupas. Ainda costurava guardanapos artesanais, como presente de Natal. D. Malvina “não era fraca”, não.
  Ah! Mas não passava um sábado que não fizesse sua mão,     preparando – se para o domingo, Dia do Senhor. Gostava de receber sua família para o almoço, sempre bem arrumada. Era muito vaidosa! Ora se era!
  Por isso e por muito mais, eu ofereço este Blog à senhora, D. Malvina, nossa mãe. Uma mulher que amou; que sentiu o seu ser solidário, prestativo, dentro deste “olhar do cotidiano”. A exemplo de Maria, D. Malvina percebia onde estava “faltando vinho”, a necessidade do outro e intercedia. Coisas que o dinheiro não compra.
Mãe me desculpa. Não repare no meu jeito simples de escrever, na minha homenagem, mas é de coração.
 Mãe, tantas mãos teceram o meu caminho, construíram a minha imagem. Muitas não consigo me recordar, mas as suas foram as mais fortes, as mais acolhedoras; as que indicaram o caminho; que se abriram quando precisei voar...

    Agradecimentos

À minha família e amigos, meus primeiros leitores, carinhosos.
Eu brinquei em fazer um blog. E não é que embarcaram nesta ideia?
À UATI, à Estação Maturidade, que me faz reformar, ou mudar minha casa interior.
À Eloisa que se debruçou em cima do layout, do perfil e estética do blog.
Ao Amilcar que deu forma a tudo isto.
Sem eles... rsrs.  Eu ainda vou dominar a máquina.
Aos meus filhos, que me constroem a cada dia.
  
Ao Deus nosso Criador, que me fez inquieta.
Confesso a todos que estou ansiosa, mas feliz por vencer o medo de me expor; da minha preguiça; de tornar público minha fome, minha sede de se por a caminho; de ir além dos horizontes antes deslumbrados.
      Estou me reinventando aos 60 e tantos anos...Vem comigo?  
    



23 de out. de 2013

Vários tons de Rosa.

O olhar do cotidiano...


Quarta – feira, chuvinha silenciosa, dia nublado, cinza, até. Muitos se deixam influenciar por este tom e o dia começa amargurado. Em contra ponto a esta sensação eu me levanto, querendo amar a Deus e o mundo. Uma força, do nada. Um sentido de movimento. O mesmo que nos faz girar e girar num palco, dar um passo e mais outro, em busca de... não sei. Talvez apenas a alegria por viver.
Eu me lembrei de um amigo, empresário de Leilões. No meio do leilão dos animais ele grita “para tuuuudo” seu jargão peculiar rsrs.   Assim eu fiz. Parei tudo. Precisava escrever.
Ontem, dia do Professor.  Mestres reverenciados. Mensagens emocionantes, sentimentos de gratidão, cumprimentos, desejo de valorização, saudades foram mesclando a página do FB.
O meu olhar cotidiano se recordou de atitudes simples que podem transformar um ambiente hostil, em aconchego, em alegria por estar naquele lugar, naquela hora.
Certa vez recebi uma professora transferida para “minha” escola, com uma margaridinha amarela, solitária em minhas mãos. Ao abrir a porta, ela me encontrou com aquela florzinha tão pequenina e um grande abraço de boas – vindas. O sorriso e o brilho nos olhos não serão esquecidos nem por ela, nem por mim.
Como tenho saudades das reuniões com os alunos, em momento de conflito! Nós nos reuníamos na sala dos professores, no pátio, nunca na Diretoria. Um lugar onde os envolvidos pudessem se expressar livremente, colocando para o grupo suas amarguras, suas amarras. Ao terminarmos nosso diálogo não se exigia pedidos de desculpas, de perdão, naquele momento. Eles conversariam e quando quisesse reatar a amizade, ela aconteceria. Como eles dizem “numa boa.”
Cada aluno fazia um caminho para seu interior, para o seu mundinho.  Era um momento de se descobrir o porquê da violência, da palavra mal falada, da falta de respeito.  Os alunos já conheciam o teor da reunião. Chegavam e já iam dizendo...vamos lá D. Olynda. Vamos descobrir onde está o “foco” da briga. rsrs. Quem começa? Que bonitinhos! Este caminho de solução quem me ensinou foi o querido Prof. Romualdo, no CEFAM. Ele sempre dizia:
_ “Diretora, é preciso descobrir o fato gerador do conflito. Pode estar láaaaa atrás.”
É bom ter sucesso nas negociações, não é?  E o sorriso daquelas crianças ao serem ouvidas, ao serem respeitadas em sua individualidade?  Não sendo massificadas por um sistema de punição?
Assim, ganha o aluno que toma conhecimento de um novo jeito de agir, por meio do diálogo. Ganha a equipe que visualiza uma nova maneira de ser escola. Ganha a escola que passa a ter a harmonização de si mesma, com a comunidade e com o mundo. Como se diz: “o bater das asas de uma borboleta aqui, se faz sentir no Amazonas.”
Em minhas divagações penso que a vida, assim como a escola, tem muitos tons de cinza. Poderíamos jogar uns tons rosa, não é? Ah, ficaria bem mais colorida.  Não o rosa da alienação. Não o rosa que nos faz esquecermos-nos do desgoverno, das lutas pela dignidade.  Mas, o rosa que surge, ao não permitir, que me sequestre o sonho de ser professor. Tudo, menos isto!  O rosa, da boa convivência, do abraço, da gentileza, da minha própria valorização. O rosa “pink” que me leva aos atos públicos de protesto, mas que me conduzem também à pesquisa,  ao estudo.  O rosa que.......
Com licença Rosane, mas amei as palavras ditas por você, aos seus alunos no primeiro dia de aula. “Não tenham pena de mim. Sou professora porque quero. Porque eu escolhi” rsrs
É isto! É este rosa, é este rosa!

No amanhecer, agora no escurinho do horário de verão, faço a minha oração.  Senhor Jesus, não me faça refém do desânimo, da descrença, do cansaço... Eu sei do meu esforço, do quanto eu realizo. Coloque cor na minha vontade, nos meus alunos, no meu rosto, no meu dia, no meu sonho. Coloque, coloque, coloque. Quero sentir este movimento que me lança, que me impulsiona.
Ah... Pode colocar cor nos governantes também, eu deixo rsrsrs. Amém
A imprensa não divulga, mas existem escolas com tons de rosa. Tem sim.


“Por hoje é só. Quem quiser que conte outra”.







O despertar de uma criança para a beleza da arte.

O olhar do cotidiano.....



Há dias eu li na fala do Félix "que na era do Facebook, telefonar se transformou quase em um ato de amor". Pois é, tínhamos a visita ,um café, um dedo de prosa, um abraço. Hoje, nem a voz dos amigos. Diante desta fala; eu sou feliz, porque recebi no meio da tarde, uma ligação da minha neta Maria Eduarda, perguntando: Vovó, onde você está? Eu estou visitando uma exposição . Ela completou:" vovó você encontrou aí, um quadro do Romero Brito?" Como assim? Uma menina de 8 anos, liga de Bauru para São Paulo, para me perguntar sobre um pintor? Coração fez "tum..tum..." e o sorriso da avó de encantamento, então... Esta menininha morena, de olhos negros, grandes, de cílios espessos e boca bem desenhada, tem seu encanto, sem falar da simpatia. É minha companheirona, em Bauru. Como faz "coral e violino, no Projeto Guri, ao assistirmos concertos pela Internet, vai me explicando que violino tem braço, pescoço...vocês sabiam? Mas como despertou este entusiasmo pelo Romero Brito?
No feriado "de Bauru", me bateu uma vontade de ir a São Paulo visitar minha filha, genro, neta. Só para bater papo, matar saudades, sem data especial. Mas, eram quase quatro horas da tarde. Bem,aí a nossa área de conforto, de sonho envelhecido, nos faz aquela famosa pergunta:mas agora ? Já, já escurece; não arrumei nada. Mas eu retruco, com vigor. Por que temos que arrumar as malas às pressas, abastecer o carro, calibrar pneus rapidinho, só mediante doenças, ou perdas? Não nos permitimos, "dar uma de louca " pelo prazer? Ah....venci. E lá fomos nós pela Castelo no entardecer, observando as cores esmaecidas de um Sol que se despedia entre árvores e montes, mas que nos prometia toda a sua luz em um novo dia.
Eu amo dirigir na estrada, minha filha Elô é boa no volante, carro bom, por que não? Ah...ainda temos o suporte do Pedrão, que é o GPS da família .Sabe tudo!
Para completar a aventura minha filha Path nos surpreendeu. Vamos descer para o Guarujá. Aí vem...a água vai estar um gelo! E daí?  Praia não é só mar. É jogar conversa fora, encontro, risadas, descontração," drinks", petiscos. E a brisa que vem do Oceano, renova a alma, nos faz suspirar.
Cheguei no ponto. A Path vestiu sua canga Romero Brito, presenteou a irmã, com outra tão linda quanto. A Mari, também comprou a sua e a nossa barraca ficou toda colorida, alegre. Esta menininha observadora, e que é bem espertina, pensou...gosto disso. Gosto do Romero Brito.
Nós nos encontramos com sobrinhos, amigos que estavam pela redondeza. Só alegria!  Bom, estavam Valentine e Maria Eduarda. Alguém duvida que  entraram naquela água gelada? Só pra testar, mais um pouco.  Quem as acompanhou, pulou ondas, rodopiou, cantou, deu gargalhadas, segurando em suas mãozinhas? Até hoje eu sinto a delícia daquela água fria, em mim. Às crianças o nosso tempo, o nosso sorriso, o nosso entusiamo, o nosso acreditar....
"Anjinho da Guarda, meu amiguinho, me leve sempre para o bom caminho, viu?" Bom soninho..ahhhhh

Por hoje é só...."quem quiser que conte outra"



Lembranças....

Amigos," com o olhar do cotidiano"... fico imaginando, que esta troca de foto do perfil, em homenagem ao dia das crianças, pode não ser apenas uma troca. Neste movimento de ir a procura de... se faz memória da família, de amigos, de momentos e lugares inesquecíveis, de pessoas queridas. Ainda aconteceram diálogos entre pais e filhos, esposo e esposa, amigos, sentados no chão, escolhendo as fotos bem devagar, degustando as lembranças..., tirando fotos da foto, colocando no face. Quem sabe se pediu perdão,agradecimento, lágrimas, sorrisos, ternura. Saudade daquele vestido, daquela casa, daquele brinquedo, do jardim, dos almoços de domingo. Até sentimos o cheirinho do café, do pão quentinho, do bolinho de chuva, da macarronada com frango. Ah...dos Natais, da primeira comunhão, dos aniversários, do nascimento dos irmãozinhos... Assim é, podemos apenas passar pela vida, ou, dar sentido, a cada gesto e torná- la muito mais intensa, mais leve, mais terna. Só depende do jeito de olhar, de sentir....Do cotidiano....Boa noite

Olynda

A "bença" mãe, a 'bença" pai.


Boa noite
.........o olhar do cotidiano....


Recebo um telefonema, em São Paulo. Minha prima Elizabeth convidando - me para almoçar, na Avenida Paulista. Tem um "glamour" este convite, não tem? Avenida Paulista dos quatrocentos anos, coração financeiro, de lindos parques.Trianon, Parque Mário Covas,antenas coloridas, MASP,galerias, poetas. Lá fui eu, bem vestida; na expectativa. Até tomei um táxi, porque não iria me aventurar subir a ladeira no salto rsrsrs
Como eu já conhecia o restaurante do MASP, optamos pelo restaurante chamado "Bassano", na rua Pamplona, não menos interessante. Que bela surpresa!!! O nome do restaurante é alusivo à região de origem da nossa família Bassan. Minha prima é uma delícia de pessoa por suas experiências de viagem, olhar cuidadoso com a família, tipo mãezona, sabe? Mas o mais "gostoso" desse almoço, além da comida deliciosa, do bom vinho, em um lugar aconchegante e agradável, foi recordar e reverenciar nossos antepassados...nonos, nonas, pais, mães, tios, primos. Agradecer e reconhecer que temos uma dívida de amor para com eles. Pelos valores, pela capacidade de enfrentar a vida, pelo carinho de nos acolhermos como família. Pela fidelidade, em não  deixar que as nossas tradições caiam no esquecimento.
A "BETE" me contou que, na região de Vêneto, ao se aproximar da região Bassan, as placas têm o nome de "Bassano", mas trazem o "O" pichado de preto. Isto porque existe uma briga entre dois dialetos da região. Um luta para que seja BASSAN, e o segundo, luta por BASSANO. Quem vai ganhar?
Estava uma tarde gelada em São Paulo, mas nos despedimos com o coração aquecido pelas lembranças, pela amizade. Nos abraçamos como quem quer estreitar os laços de família. Só posso dizer: obrigada, prima.
Saindo do restaurante voltei ao MASP para cumprimentar a Ana, os poetas, já mencionados por mim. Eu os encontrei e falamos um pouco mais sobre cultura. O sorriso deles ao me cumprimentarem, valeu a caminhada na garoa de São Paulo. No vão do museu estava uma equipe, fazendo um trabalho de "saúde e bem estar" na terceira idade. Dentre as atividades, um trio de trovadores, vestidos como na década de trinta, cantavam e dançavam marchinhas. Já me puxaram pra roda. Imagina... Eu, que há anos estive naquele lugar em tantas greves, em tantos protestos por uma EDUCAÇÃO mais digna, hoje, em meio a desconhecidos cantava e dançava..."Estrela Dalva...."Quanto riso, quanta alegria.....rsrs  Uma delícia!!!!!!!!! Não me importando, nem com a chuva, nem com o frio. Assim deve ser a maturidade, no envelheSER, não é? 'Não ter a vergonha de ser feliz" "Somos eternos aprendiz " em busca da felicidade. Nosso querido Pe. Jesus dizia: "se você tiver 80 anos, tem uma vida pela frente. Sonhos? Ainda existem, sim senhor.
Homenagem ..."do olhar do cotidiano" neste dia do idoso. Você já abraçou seu idoso, hoje e sempre?

Por hoje é só...."quem quiser que conte outra... " A "bença...mãe...a "bença" pai...

Dentro do abraço

Bom dia, amigos, nesta manhã chuvosa de sampa...
......continuando " o olhar do cotidiano", hoje , falo sobre a SENSIBILIDADE, neste olhar....

Não será`a luz de uma obra de arte em tela, afresco, ou madeira. Minha experiência é de uma obra de arte criada por Deus....uma criança "maisilinda" minha neta Valentine. Ontem à noite,ela queria jantar na sala, para assistir o desenho preferido. Mas, na casa da minha filha o jantar é a três e não se abre mão, deste único momento da família reunida. Bom ...vem para mesa, mas nada está bom...nem o creminho de milho, que "adora" e começa o "chororô", parecendo um gatinho miando. O pai cansaaaado, depois de uma cidade travada, com toda paciência esquenta, cortaa carninha, separa, junta...e... nada...a gatinha continua desolada. Bom...depois se dá um tempo para acabar a comidinha e nada, o choro aumenta. Resolvo, então, largar a pia....enxugo as mãos e me aproximando desta obra de arte, vou dizendo...vem...abraça a vovó...um abraço bem forte, carinhoso... TÓIM...para de chorar imediatamente, enxuga as lágrimas , desce do meu colo, se ajeita e começa a comer, e a comer...O trabalho do pai, agora é abastecer o prato srsr. Pense na ternura de uma criança, ainda com o narizinho vermelho, comendo, concentrada, balançando as perninhas e sorrindo para o papai e para vovó. Naquele momento ela só precisava de se sentir amparada. Para o cansaço físico, emocional, o bom mesmo é se deixar desmontar num abraço. Quem tiver por perto, por favor tenha esta sensibilidade .rsrsrsr . Valentine, a sua doçura, ao reagir ao abraço, nos ensinou que a frase postada pela minha amiga Tina..."que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço" é verdadeira....e não custa nada.    Só a sensibilidade, do cotidiano, no cotidiano.

Um bom dia a todos.....tenho outras experiências ternas de sensibilidade, nesta semana. Conto depois. por hoje é só..."quem quiser que conte outra" 


A sensibilidade pela Arte.

Bommm...continuando minha saga por São Paulo, hoje, passei algumas horas com os "nossos " Mestres do Renascimento, no Centro Cultural do Banco Do Brasil. São 53 obras da escola de Florença, Milão, Roma Ferrara, Veneza. Uma viagem ao tempo Renascentista. É de tirar o fôlego. Só consegui visitar esta exposição por ter o privilégio de ser "idosa". A fila é quilométrica. Horas e horas de espera. Mas, vale a pena ter contato com a história da arte, admirar cada detalhe e sobretudo a expressão, o semblante dos rostos pintados.... em afrescos, madeira, tela... A emoção a flor da pele. Alegria também em poder dizer,"eu estive lá...no berço da civilização.Eu estive na Capela Sistina, Veneza, Duomo de Florença., Roma.... Bom demais, minha gente.... Quando vou a lugares especiais gosto de tomar um café, um lanche no local para vivenciar o espaço. Como sempre estou sozinha, mas não solitária porque eu gosto da minha companhia srsr. Não sinto solidão, não. Eu tenho o hábito de ser contemplativa...olho as pessoas, seu jeito de andar, expressões, olhares, sorrisos ou tristezas, pressa....e assim vou degustando, meu "café filosófico". A caminho do Metrô, serpenteando pelas ruas, apreciando os artistas de ruas, estátuas vivas, cantores com estilos diferentes, vendendo seus CDs e ao mesmo tempo alegrando o centro de São Paulo, penso....que benção....tenho tempo pra ouví- los e não sou desempregada, como muito que alí estão. O espaço cultural do Banco do Brasil é lindíssimo.Sabe quem me deu o endereço da Exposição? A Ana, do MASP, da qual já lhes falei..... "Por hoje é só...quem quiser que conte outra." Boa noite

A esperança que não morre.

Bom...como está chovendo, não sai. Vou falar da Ana. Na saída da galeria eu me encontrei com uma adolescente, vendendo uma revista social chamada "OCAS'. Parei mais uma vez para conhecer aquele projeto. Ana, já foi "menina de rua" e como me disse..."eu aceitei a mão que me estenderam...muitos, não". A venda da revista rende a ela 3 reais, os quais auxiliam no pagamento do seu "quartinho". Estuda e tem uma vida voltada para  teatro, exposições... Ela me contou de muitos projetos que existem em São Paulo os quais acolhem as pessoas vulneráveis. Existe um projeto que se chama 2.8. Ensina a fotografar. Eles se socializam por meio da fotografia. Tem revelações de talentos de pintura, embaixo dos viadutos. Ela me deu dicas de teatro, de exposições gratuitas. Vou aproveitar os dois eventos. Gente, fiquei tão emocionada, tão agradecida pela Ana. Sabe, parece que a esperança aflorou. Toda vez que olho favelas, pessoas nas ruas, penso nos talentos submersos. Até em nossas escolas, também.
Encontrei o poeta Antônio Luiz Júnior, vendendo seu folhetim de poesias. Elas não têm títulos. Achei interessante!. Vou partilhar um deles, o qual amei. Precisa ser lido e " pensado" Eu vivi, ontem, o pensamento postado anteriormente. Como é bom viver o cotidiano, com intensidade! Eu sou assim rsrs

Somos livres e não possuímos as pessoas
Temos apenas o amor por elas e nada mais
é preciso ter coragem para sermos o que somos sustentar uma chama no corpo sem deixar se apagar é preciso recomeçar DO CAMINHO QUE VAI PARA DENTRO (amei isso).

Vencendo o medo imaginado
assegura -se no inesperado
desprezando o perecível
na busca de si mesmo
ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
e rir pois tudo é brincadeira
que, cada drama é só nosso modo de ver a vida
só está nos mostrando aquilo que estamos criando
com o nosso poder de crer.

Um dia diferente

Bom dia......
Ontem estive no MASP, vivendo momentos muito significativos, de aprendizado, sem falar da beleza da arte. Não sou de ficar conversando, mas resolvi parar e ouvir um poeta que ali vende suas brochuras de poesia há muitos anos. Falei do Projeto "EnvelheSER" da UATI, USC Bauru. Ele amou a ideia. Filosofamos, falamos da vida com poesia . Seu nome é Ivan Petrovitch, nascido em Londrina. Nos murais do museu encontro esta frase de LUDWING TIECK.
"Deveríamos fazer do comum algo extraordinário e então nos surpreenderíamos descobrindo que está muito perto de nós a fonte do prazer que buscamos em lugar tão distante e difícil. Estamos muitas vezes a ponto de pisar na maravilhosa utopia, mas acabamos olhando por cima dela de binóculos.
Exatamente.... foi isto que pensei ao sair de casa....hoje quero viver um dia diferente...e assim foi. Tenho muito mais coisas para partilhar com vocês."