Família, amigos... Momento de abrir a
caixa surpresa.
Vejam
até onde chegou a minha ousadia e coragem.
Pode ser que apenas
eu, ache este blog bonito, interessante; “como uma mãe que admira seu próprio
filho”. Mesmo assim, resolvi me arriscar neste espaço de interação. Quem sabe
alguém também o ache “bonitinho” e até resolva brincar com ele. rsrs.
A minha
proposta é falar sobre o olhar do “cotidiano.” Onde os pequenos gestos carregam
em si uma gama de sentido, de valor, de alegria.
O poeta Almir Correa nos diz: ‘não engavete o
assunto, senão ele morre sufocado. “Quem gosta de gaveta é lenço, toalha e
deputado”. Segui seu conselho, e olhe no que deu; o lançamento do Blog “O OLHAR
DO COTIDIANO”. O olhar no qual eu acredito. O olhar que me faz feliz. O olhar
que me faz louvar, amar, agradecer, me reinventar. Viver o simples com
intensidade.
Ser
lançado neste dia 28/10/2013, não foi por acaso. Ele ainda precisa de ajustes.
Então por que lançá-lo? Pois bem, hoje
seria aniversário da D. Malvina, nossa Mãe. Não é família?
Conto
para vocês, apenas uma de suas inúmeras sensibilidades do cotidiano, as quais
nos enchem de ternura, gratidão e saudade.
Por ocasião de nossos
aniversários, nós não éramos presenteados por esta mulher forte, guerreira. Era
mais que isto! Éramos homenageados.
Ela nos acolhia em seu enorme coração, com um buquê de flores colhido em seu
imenso e lindo jardim. D. Malvina alisava os papéis de presentes recebidos e os
guardava embaixo do colchão. Em uma gavetinha guardava os laços, fitas de cetim,
florzinhas. Tinha tudo à mão para enfeitar “seu símbolo de amor,” Neste seu
gesto, neste seu abraço transmitia seu calor, sua vida, os quais se prolongavam
em nós. E como
nos sentíamos amados naquele momento!
“Fica
sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”. Nossas mãos eram
perfumadas por aquelas mãos sujas de terra, que cavoucavam, plantavam, regavam,
colhiam.
Hoje eu penso: como nossa mãe conseguia fazer
tanta coisa em um dia só? E os doces, bolos, bolachinhas, compotas, comidas,
pães, roupas. Ainda costurava guardanapos artesanais, como presente de Natal.
D. Malvina “não era fraca”, não.
Ah! Mas não passava um sábado que não fizesse
sua mão, preparando – se para o domingo, Dia do
Senhor. Gostava de receber sua família para o almoço, sempre bem arrumada. Era
muito vaidosa! Ora se era!
Por isso e por muito mais, eu ofereço este
Blog à senhora, D. Malvina, nossa mãe. Uma mulher que amou; que sentiu o seu
ser solidário, prestativo, dentro deste “olhar do cotidiano”. A exemplo de Maria,
D. Malvina percebia onde estava “faltando vinho”, a necessidade do outro e
intercedia. Coisas que o dinheiro não compra.
Mãe me desculpa.
Não repare no meu jeito simples de escrever, na minha homenagem, mas é de
coração.
Mãe, tantas mãos teceram o meu caminho,
construíram a minha imagem. Muitas não consigo me recordar, mas as suas
foram as mais fortes, as mais acolhedoras; as que indicaram o caminho; que se
abriram quando precisei voar...
Agradecimentos
À minha
família e amigos, meus primeiros leitores, carinhosos.
Eu
brinquei em fazer um blog. E não é que embarcaram nesta ideia?
À UATI,
à Estação Maturidade, que me faz reformar, ou mudar minha casa interior.
À
Eloisa que se debruçou em cima do layout, do perfil e estética do blog.
Ao Amilcar
que deu forma a tudo isto.
Sem
eles... rsrs. Eu ainda vou dominar a
máquina.
Aos
meus filhos, que me constroem a cada dia.
Ao Deus
nosso Criador, que me fez inquieta.
Confesso
a todos que estou ansiosa, mas feliz por vencer o medo de me expor; da minha
preguiça; de tornar público minha fome, minha sede de se por a caminho; de ir
além dos horizontes antes deslumbrados.
Estou me reinventando aos 60 e tantos
anos...Vem comigo?