12 de ago. de 2019

Resenha do livro de poesia " Flores e borboletas em meio século de poesias "

Pela estrada afora, de volta pra casa, na penumbra do ônibus, já noite, um pequeno holofote ilumina as páginas do livro de poemas da escritora Adriana Silva Santiago. .
Incrível a sensação que experimentei um após o outro, outro após de um. A cadência rítmica dos versos me fez lembrar uma caminhada marcada pelo som de um cajado...pá, pá, pá e de repente uma batida mais forte - uma palavra - e a síntese da essência do poema. Bem como o marcar do tempo dos seus 50 anos, nos ponteiros de um relógio, na emoção fragmentada de seus dias.
Adriana conta de sua casa interior decorada pela poesia, ainda pequena, quando não dimensionara o tamanho de seus quartos e salas, que abrigariam seus escritos lapidados. Foi ampliando seus encantos entre flores, borboletas, natureza, crença na família inserida no coração desta casa.
Começou de trás pra frente, cronologicamente. E foi bom. O leitor tem a perspectiva do quanto Adriana poeta, prosadora, gente, amadureceu , cresceu para nos presentear com sua mais recente obra "Flores e borboletas em meio século de poesia ".
Sua história literária não acaba aqui. Muitas palavras presas em sua alma poética voarão como suas borboletas, no jardim de seus leitores. Adriana é.
Parabéns, amiga. Te abraço.
Sucesso? Já é.
Olynda Bassan

4 de ago. de 2019

Sete décadas, mais dois anos

Vamos completando os anos, complementado os dias, cumprindo destinos, fazendo escolhas, acertando, mesmo por linhas tortas. Vamos crescendo , amadurecendo pela ternura pela dor.
Vamos em busca da luz, diáfana, entre concreto, redes, muros do nosso espaço interior e aquele que nos rodeia.
Ser feliz ao enxergar uma nesga de claridade de cores, pelas frestas das sombras.
Trilhando a leveza, como diz minha querida amiga Eliane Scucuglia Arruda, quando nos pesam os ombros.
Ser feliz por nada e por tudo.
Aos 72 anos, ainda tanto para crescer, realizar, buscar, AMAR. Esbarrar em amigos, em pessoas que esperam solidariedade , generosidade
Ais 72 anos ainda tanto para mergulhar no amor infinito do meu Deus na espiritualidade que nos faz gente melhor. Ainda tanto para agradecer, abraçar, olhar nos olhos e registrar emoções num pedaço de papel quaisquer. É tanto tampo, ainda que seja, apenas um segundo. Deus é quem sabe.
FAMÍLIA , AMIGOS celebrem comigo, este dia. É muita alegria para uma só. Assim, comecei o MEU dia de aniversário.
Orando, escrevendo, descurtinando o amanhecer, com o meu :olho de ver". Olhar de alma. Tão simples.
Bom dia queridos leitores. Desculpa...me estendi ...É o coração pulsando.
Olynda Bassan

Há silêncio no Aeroporto

Há silêncio em Aeroportos, Estações Rodoviárias, Metrôs, multidões - o meu. Enxergo os rostos com suas expressões, vaidades, olhares de desalento, vivos, como criança arteira. Outros querendo estender o cochilo interrompido pelo ponto a ser batido. Terreno fértil para os canteiros de cronista. Em Viracopos, rumo a Maceió, com um grupo de amigos e digo, para mim, uma nova experiência me pus a observar a mudança de hábito após as "Novas regras de despacho de bagagem". Quando a lei entra pelo bolso adentro, garfando nossas parcas economias, ou salário arrochado, o desapego entra em cena. E como é difícil!!!! " Posso precisar".
Eu mesma, teria levado uma mala beeem maior. Hoje, proliferam nos salões dos aeroportos as malas de 10 kl que se encaixam nas caixas padrões . Menos peso. A coluna, os atendentes, as empresas aéreas agradecem. Menos tensões nos corredores da aeronave. Os primeiros usuários preenchiam os espaços, sem a resiliência em pensar nos últimos. Mau humor, descrença.
E nessa adaptação, ainda ouvi no meu grupo maravilhoso: minha malinha, minha mochila têm 5; 8 kl e por certo não usarei tudo. Agoraaa, outras amigas...despacharei a minha. Não sou nada básica.
É assim...dentro do novo nos acertamos em moldes inesperados . O que não se pode é deixar de viajar.
Nossa alma merece se revestir de novas roupagens de prazer , de experiência, autoconhecimento e entendimento do outro. Existe um mundo a ser desvendado em cores, sons, imagens e corações.
Ah, as histórias que ouvimos...
No silêncio...florescemos ...novas pétalas
Olynda Bassan
Membro da ABletras

O cair da tarde

É a paz da penumbra ao cair da tarde. Ela me fala. Respiro a brisa bem devagar, acompanhando o remanso das ondas silentes. Não querem burlar a quietude do entardecer
. Em Maceió, às 17h30 min já é noite
Às luzes ascendem a cidade. Paz. Abraço da Olynda

passeio ecológico

Praia"
Mirante da Sereia" - Maceió.
Caminhada ecológica. Fizemos a nossa parte. Nas miradas da Sereia, a alegria das pegadas da areia, sem tropeços em plásticos. Apenas o Sal, o Céu, o Sol de Maceió, emoldurada por coqueiros. Agora, iniciando os trabalhos. Deu sede rs

Meus passos

Um olhar...
A quem segue o meu passo, na travessia de um um mundo de encontros e imensos desencontros? De perguntas e respostas indecifráveis? Que águas enchem minhas passadas ocas, incertas, garimpando o sentido do movimento que me equilibra, apesar da onda que se quebra no ponto nevrálgico que me espinha e rasga a pele? Que milagre acontece em minhas espumas que se mantém rendadas, como delicada filigrana?
A que pastor, sigo eu? Que me chama pelo nome e conhece a minha voz e percebe os meus leves passos,?
Sim.

Ela contemplava o mar

Um olhar...
Ela contemplava o mar sem se despir de seu pudor
Secou - se ao Sol, no único prazer permitido.
Sua filha saculejava a saia, limpava o braço da areia, que lhe lixava a pele
Ela estava lá
Olynda Bassan
Comentários

De um limão, uma caipirinha

Quem tem família não morre pagão.
Sete horas de conexão? Bora passear com o sobrinho Ricardo e Andressa Barradas. De um limão se faz uma " caipiroska" rs
Tudo no inesperado, na alegria do acolhimento.. Booom né, amiga Vera. Fechando com chave de ouro a viagem a Maceió. A Lua nos banhando , a chuva nos trazendo a brisa da orla de Recife. A palavra é gratidão
Amanhã- Bauru
E viva a rotina, que nos espera