24 de set. de 2014

Nova chance de amar


Uma nova chance de amar




                                                                     fonte google





     Neste final de semana  assisti “Uma nova chance para amar” . O nome  do filme pode sugerir uma linda história de recomeço, de um novo relacionamento feliz, como os romances de ‘Nicholas Sparks”, ou Cecelia Ahren.  Amigas acharam-no  “deprê,”  pois  esperavam justamente um romance para um sábado à noite. Porém, o enredo nos faz refletir que, ao acontecer uma ruptura por morte, por separação,ou até um mal entendido e,  se nos dispusermos  a viver um novo amor, um recomeçar, tanto no amor “Eros” “Ágape” ou “Filos” é preciso antes,  expulsar nossos demônios do passado, os quais alimentamos com a nossa imaginação, com o nosso desejo de nos agarrarmos  às correntes que nos aprisionam,  à pessoa amada, aos fatos felizes e até aos que nos machucaram, um dia. Sem esta libertação do espírito, este despojamento do que foi, haverá sempre um sombreamento, um  sentimento nebuloso  que nos impedirá de viver o presente, na luz da entrega, no se fazer feliz, e acolher o outro nesta felicidade. Carregamos um passado, que não cabe no hoje. Ter a coragem de deixar ir...

      A protagonista decorava casas que estavam à venda. O namorado lhe disse uma frase linda “ Você dá vida ao vazio”. Pensei... qual é o meu vazio...que parte de mim precisa de vida? Se, não há irrigação sanguínea, o tecido morre; assim como a nossa alma, nosso espírito, nossa vontade. O tempo passa e a cada dia teremos menos vigor para a regeneração do nosso Ser. Olhar pra dentro, abrir as tramelas, desvendar nossos vazios e dar-lhe vida, pode ser um exercício que nos fará vislumbrar  “o pote de ouro no final do arco-íris” .Boa noite...Bom dia!!!! Abraço da sempre Olynda 

                        
                                          Olynda Bassan

Sensações de um perfume



Sensações de um perfume

                                                                        

      
    

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     Lucia deliciava-se  com as sensações que sentia ao se perfumar com o seu “Pablo Picasso”, em uma fase de vida na qual se via emoldurada pelas cores do arco-íris, trazendo em seus arcos, um amor  correspondido, bonanças  depois de tempestades, família feliz, superação do choro, de luta ferrenha pela sobrevivência. Olhava para si mesma, no seu frescor, perfumada e se achava bonita, poderosa, vitoriosa. Mas como tudo acaba, olhava para seu perfume diminuindo...diminuindo, sentia uma pena e ao mesmo tempo, queria se perfumar, e preservar aquele restinho...Ele simbolizava a sua vida.. Sonhava passar por um free shop para comprá-lo e sentir tudo de novo. E não é que surgiu a primeira viagem internacional, depois de alguns anos? Com o dólar a US 1,66, uma quimera, hoje, toda empolgada, prestes a realizar um desejo  foi  direto para a estante, onde a aguardava  o seu querido “Paloma”. Extasiada sentiu aquele cheiro que marcou uma época de sua existência. Mas, ele não lhe falou mais nada...a sensação do reviver, não aconteceu O Paloma não mais a representava, não era a “cara dela”. Ficou tão decepcionada, desalentada; tudo foi tão bom...mas era  passado.  Ficaria nas lembranças.  Alimentou um sonho, que nem mesmo sabia, que ele já não fazia parte de si mesma. Outros  sonhos tinha vivido... Andou alguns metros e comprou um Mademoiselle Chanel. 


                                            Olynda bassan

17 de set. de 2014

Fantasia de um nome


Fantasia de um nome




 
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     Fantasia de um nome



Acorda-me mansamente em sonhos
Balança o berço, acalanta-me
Ouço a melodia do seu nome
Abraçando-me com seu olhar
Estendendo a mão a me amar

Neste amor fantasia, pensamento
Meu corpo veste - se apenas de  sorrisos
No entrelaçar de corpo e alma
No intenso encantamento
De um bailado que nada intimida

Nos  fazemos  tão verdade
Na escuridão da madrugada
Pelos olhos do amor iluminada
Sentimos no toque, perfume, sabor
Cúmplices do nosso consentido ardor

Amanhece...
Sonho dissipa-se, em nuvens de você
Em flocos de ternura, seu nome oculto
No abraço de suas palavras, me inspiro
Por outros sonhos fugazes, anseio

Na alegria de seu nome, companhia.


                                  Olynda Bassan









Parabéns Eloisa




               Parabéns Eloisa, é seu aniversário. Dia de celebração pela vida






     Neste ano de 2014 homenageei meus três  filhos, Patricia, Eloisa, Jose, com uma crônica onde falo do jeitinho de cada um viver, encarar a vida de frente. Eu preparo a mesa do café, oferecendo o cheirinho de café e pão na chapa, como simbolismo do aconchego da casa de mãe. Esta é a crônica da Eloisa, a filha do meio, mas a última a fazer aniversário no decorrer do ano.


       

     Todos os dias deveriam ser especiais, mas o dia do nosso aniversário, não tem como não ser especialíssimo, É a vida para, com e em nós. Hoje, quatro de  setembro celebramos a vida da Eloisa, a segunda benção recebida em nosso casamento. E como damos graças a Deus, por você Elô Obrigada por nos ter escolhidos como pais, trazendo uma rosa, nas mãos. É bom  que se diga ao aniversariante, por gestos simples o quanto ele é amado. Por isso as fotos com simbolismos diferentes. Celebramos com o que temos, mas com o aconchego de alma.   
A Elô, como a chamamos, carinhosamente foi um bebê pensado e esperado com muita ansiedade, pelos problemas tidos no primeiro parto, mas eu a queria como ninguém. Sempre foi Eloisa, pois não pensei em nome de menino. Seu nome foi em homenagem a uma amiga a qual eu admiro pela alegria, pela garra em viver. Heloiza Francisco é seu nome.  Não me enganei nas qualidades da minha filha.
No inicio da minha gravidez  acompanhei uma senhora ao médico, sem saber que ela estava com rubéola. Até eu realizar o teste, para saber da minha imunidade à doença, foi um drama vivido pelo João e por mim.  Uma certeza, me  acompanhava. A Eloisa nasceria e seria amada, como fosse e como  viesse. Foi um bebê lindo, de emocionar os que nos visitavam. Mas, por ser muito clarinha tinha sempre problema de pele e como chorou à noite! Hoje fico pensando... por que chorava aquele bebê tão saudável, tão mimoso!!!!  A Elô sempre foi muito ela. Característica do filho do meio?  Independente, prática, forte, batalhadora. Tem Fé. Ela foca em um objetivo e o persegue, na sabedoria que tudo acontece ao seu tempo. Seu sorriso largo ilumina seus olhos, contagiante,  não a abandona nem nos avessos da vida, quando as linhas se emaranham, se fazem nó, sem a nossa permissão. Não tem medo do novo, de rupturas de percurso, na tentativa de acertar, mesmo que lhe traga consequências não tão agradáveis, como sonhara um dia, mas segue em frente...
Elô um beijo grande..um abraço acolhedor , onde cabe sua filha, irmãos, família e quem mais vier. Ela é um dos elos da minha felicidade, entrelaçados com a Path e com o José. Não a convido para um cafezinho para sentir o cheirinho de casa de mãe, servido com pão na chapa, pois  ele será passado na hora, assim que se levantar... Parabéns da “dona Olynda” como vocês gostam de me chamar. Viva a vida,  menina...ela é sua... Deus a presenteou.


8 de set. de 2014

Momentos de meu espírito

       
                                 
                                                                          


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Momentos de meu espírito



 Silencio minha mente, à procura de  paz
 Ruídos me sobressaltam. Palavras  e mais palavras
 Verdades, inverdades,  ilusão do
 Que me preenche, da vida sem  sentido
 Conflito de mim, guerra dos homens.
 Sons  estridentes,  abafam no âmago        
 De minha alma, feridas a  cicatrizar
 Cacos facetados do meu caminho...
 Com  “dois riscos” traço  um X
 No meu imaginário inquieto
 Momentos de sanidade de meu espírito.
 Além dele, minhas sombras, culpas e  desafetos
 São meus,  bem sei, mas no passado os deixo
 No desapego da angustia que  traz.
 Procuro  um  outro  mundo,  onde
 Minha alma pede cura, na penumbra de um  poente
 Quietude  no meu entardecer...
 Cantos de pássaros, leveza das  borboletas
 Murmurar de uma cachoeira...
 Neblina que respinga, no
 Frescor  de um novo olhar
 No lugar em que eu queira estar.  
 E sonhar de novo, de novo...
 Convido -me,   a me ouvir
Nos  acordes desta minha nova  melodia


                                            Olynda Bassan

1 de set. de 2014

Angústia, de onde vens?





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                  Angústia, de onde vens?




    Angústia, entrelaça à alma
    busca em vão...
    de onde vem,
    nem mesmo sei.
    Sufoca o peito,
    aperta os lábios,
    Sorriso não tem
    Cerra os olhos
    baço, sem brilho,
    arrocha as vísceras
    chega ao coração
    suspiro e lamento
    o ar não vem, foge.
    no ar que falta
    encontro saudades



                                         Olynda Bassan

Poeta, não é seu verso








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Poeta, não é o seu verso


 O poeta como um caleidoscópio,
 desdobra, embaralha  facetas de
 Brilho e cores, num espetáculo
“fingidor” na ficção de seus sentimentos
“Fingidor”, segundo Fernando Pessoa.
 “Criador” de sentimentos, como  preferem outros.
 Tem o poder de nos atordoar com sua síntese, antítese
 Palavras com verso e reverso
 Umedece o papel com a lágrima que não
 Cabe em seus versos.
 Há momentos que" sai o poeta e fica a dor".
 Não procure o poeta no homem
 Não garimpe o homem no poeta
 Pepitas de ouro, com  quilates diferentes
 Não exija do poeta os seus versos
 Ele canta a poesia do amor de todos os povos
 Chora a dor de todas as almas
 Conta dos desejos inconfessos
 Sublimados nos  corações ardentes
 Terá musas inspiradoras, ou não...
 São poemas sem dono?
 Na solidão de buscador de almas,
 de  diversas cores e raças,
 Filosofando, apaixonado
 Encastela-se em sua literatura
 Horas de vigília envoltas pela paixão
 De escrever, pensar a vida, o amor...
 Em cada canto de seu verso, a melodia
 Eternizada, a qual não o fará  morrer..
 Poeta, criador do mundo das letras, as quais se juntam,
 e se espalham como um cata-vento em movimento,
 no universo daqui e de lá...
 alucinam,  encantam,  apaixonam, fascinam
 missão  glorificada de um poeta
 Como um alquimista, poetiza tudo o que toca, e nos toca...
 Ama seus poemas, sinta o sabor, o cheiro, o frescor de sua poesia.
 O poeta, ama-se pela essência,  pelo que é...
 Desnudo do encantamento de sua inspiração
 Não ame o poeta tão somente pelos poemas
 Ele é de carne e osso, com seus anjos e demônios
 Com o lirismo da sala de visitas e a poeira dos porões.
 No entrelaçar de sentimentos... há poemas e há poetas...

 Admire, sem o enfeite da toalhinha de crochê.



                                                                   Olynda Bassan

Paixão de um


   Paixão de um...




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                 Paixão de um...


  Na intensidade da paixão de um,
  Ama- se,  por dois...
  Assim  é...
  Paixão de um,
  Noite interminável
  Espera pelo raio de sol,
  Não chega nunca...
  quer   luz,  quer vida.
  deslumbra  seu corpo sombreado,
  por    um fio de luz que espia
  pelas   frestas da janela


 Quando se ama  só
 Assim é....
 Sufoca, noite sem cor
 Insônia do sono, de ruídos
 de   amor,  de sede.
 Paixão de um,
 Alma silente, sem eco...
 Perdida no labirinto dos sonhos...
 Em caminhos encruzilhados...
 No desencontro... um   só.

                                 Olynda Bassan


Coração Nordestino








                                     Tela de Eduardo Lima, pintor baiano. Gentilmente autorizou - me a ilustração desta poesia. Uma honra para mim, Ele retrata o amor do Nordestina cantado em versos, neste  poema. Há sempre o verde, a flor no coração deste povo. Obrigada, Abraço, Eduardo Lima. Sucesso, pintor, brasileiro





           Coração Nordestino



       Coração
       Chão batido, chão duro
       Terra em fendas
       Falta água, falta gosto
       Falta sombra que refrigera

      Coração
      Árido, inteiro  seco.
      Sol escaldante.
      Até o “vento sente sede”
      Queima a pele, esturrica o corpo
      Ainda assim, sonha com o corpo, seu.

      Coração
      Nuvem de areia, desamor
      Arranha, castiga , fere
      Seca o olho, seca a boca
      E ainda assim guarda em si,
      O desejo, de um beijo seu

      Coração.
      Range, como galho fosse
      Sem vida, sem seiva, quebradiço
      Ainda assim, espera, sonhando
      Com lindo sorriso, seu.

      Coração
      Chuva, que mansa cai...
      Há de florescer
      O amor na fenda deste coração sonhador
      Embalado pelas cirandas, boi-bumbá,maracatú...




   Inspirado no romance "Ópera dos Fantasmas d o escritor alagoano Paulino
Vergetti Neto.
No livro “ Pelas frestas do telhado” do escritor baiano Marcio Leite.


    Há sempre esperança, amor, alegria, no coração de um nordestino.

Ecos de mim





                                                                                                  Fonte google
     
                              Ecos de mim....


Canto as dores do horizonte
De um mundo não pensado
Canto a minha própria dor
No silêncio do meu mundo oco
Dor maior,  ou menor, não sei...
É, a que me arranha, maltrata e
Umedece o meu triste olhar
Descontente de mim
Me  derramo  dentro  do espaço
Sagrado do meu quarto
Ninguém sabe, não me enxergam
Só eu ouço o gotejar das lágrimas
Deste telhado ora de vidro, ora de argila
Na dualidade de luz e sombras
Suspiros confundem-se com o meu respirar
 à espera da paz que virá...
No criado- mudo, desnuda de tudo Repousa  minha alegria
Tão  muda quanto ele
No  despojamento de minha alma
Empobrecida...
Há reflexão no grito deste silêncio
Tênue, como as flores de um ipê amarelo
Sentindo a florada, quando as folhas caem
Não há vendas, não há faz de conta...
Guardo em minhas mãos
Trêmulas e gélidas
Os  Ais... ecos de mim...de mim...de mim



                                                    Olynda Bassan