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Poeta, não é o seu verso
O poeta como um
caleidoscópio,
desdobra, embaralha facetas de
Brilho e cores, num
espetáculo
“fingidor” na ficção de seus
sentimentos
“Fingidor”, segundo Fernando
Pessoa.
“Criador” de sentimentos, como preferem outros.
Tem o poder de nos atordoar
com sua síntese, antítese
Palavras com verso e reverso
Umedece o papel com a lágrima
que não
Cabe em seus versos.
Há momentos que" sai o poeta e
fica a dor".
Não procure o poeta no homem
Não garimpe o homem no poeta
Pepitas de ouro, com quilates diferentes
Não exija do poeta os seus
versos
Ele canta a poesia do amor de
todos os povos
Chora a dor de todas as almas
Conta dos desejos inconfessos
Sublimados nos corações ardentes
Terá musas inspiradoras, ou não...
São poemas sem dono?
Na solidão de buscador de
almas,
de diversas cores e raças,
Filosofando, apaixonado
Encastela-se em sua
literatura
Horas de vigília envoltas
pela paixão
De escrever, pensar a vida, o
amor...
Em cada canto de seu verso, a
melodia
Eternizada, a qual não o
fará morrer..
Poeta, criador do mundo das
letras, as quais se juntam,
e se espalham como um
cata-vento em movimento,
no universo daqui e de lá...
alucinam,
encantam, apaixonam, fascinam
missão glorificada
de um poeta
Como um alquimista, poetiza tudo o que toca, e
nos toca...
Ama seus poemas, sinta o
sabor, o cheiro, o frescor de sua poesia.
O poeta, ama-se pela
essência, pelo que é...
Desnudo do encantamento de
sua inspiração
Não ame o poeta tão somente
pelos poemas
Ele é de carne e osso, com
seus anjos e demônios
Com o lirismo da sala de
visitas e a poeira dos porões.
No entrelaçar de sentimentos...
há poemas e há poetas...
Admire, sem o enfeite da toalhinha de crochê.
Olynda Bassan