26 de dez. de 2016

Cada canto, um encanto

























   É Advento

     É preparar o ninho nos detalhes de cada canto. É espera na tradição de Quem já está: Jesus. É o movimento da alma que se enlaça na alegria, no desejo de Paz, na oração de louvor e na petição pelos que só conhecem o clarão da guerra. 
Todo ano enfeito minha pequena árvore com as lembranças dos nossos bebês. Os netos pegam os sapatinhos e os calçam no dedão do pé. Riem a valer ao perceber o quanto eles cresceram. Neste Natal eu as pendurei no lustre, no sentido de que as crianças são raio luz, esperança. Ali estão em prece para que sejam iluminadas pelo Amor, sorrisos e gritinhos de contentamento, abençoadas pelo Amor maior.
Maria Eduarda, Valentine, Luísa, Henrique, vovó não se esqueceu dos sapatinhos, luvinhas, chupetas, apenas colocou mais luz, porque assim os vejo e sinto. Beijos dá vovó Olynda
" Anjinho da Guarda", meu amiguinho, me leve sempre pelo bom caminho.

Magos 2016













            Queridos leitores,  esta foto me toca a sensibilidade no arrepio da pele e da alma. A emoção extrapola pelos poros.  É o registro dos "Magos de 2016", levando o presente aos "Jesus" de hoje. Desde ontem, não a esqueço.
          Machado de Assis, em uma de suas crônicas, diz " que há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor!". Quanto mais esta, cara  amiga Sandra.. Na imagem do afeto em gratidão, surge a crônica sem palavras. É a oração no gesto, no silêncio. D, Maria, do "Cantinho Feliz" foi um dos "Jesus" visitado pelos Magos do cotidiano. ---O Jesus Solidão----.São atos de solidariedade que flanam pela cidade, contando a história de muita gente, de almas de mãos postas, à espera de outra mão que as afague. D. Maria foi tocada pelo amor nas miudezas do cotidiano e na sua sensibilidade nos dá o tom do espírito de Natal. Nos diz, com o seu sorriso de contentamento,o valor de ser olhada nos olhos, de ser lembrada no aconchego dos braços que abraçam..
Não os conheço, mas para mim, vocês tem o rosto da caridade, do humor que torna mais leve a vida dos esquecidos que olham por aquele portão, como se fosse uma miragem do deserto; onde enxergam uma pessoa da família, um amigo da juventude, da mesma calçada; surgindo. Feliz Natal! D. Maria recebeu muito mais que incenso, ouro e mirra. Mas, no presente recebido, só ela sabe sentir.
Olho a foto e paro por aqui. Abraço da Olynda. Já é Natal!

11 de dez. de 2016

Era uma árvore de Natal

Sim. Era uma árvore de Nata!
Passo pelas Nações e ele ali está. Aborda os carros, fala...fala e poucos o escutam, no abrir e fechar do semáforo. Escolheu um ponto geográfico. Dali não se distancia. Se apresenta cada dia com uma roupa. Às vezes, até com um chapéu charmoso. Onde dorme? Não sei. Albergue? Casa de passagem? Tem um ninho, só dele?
Na semana passada, me chamou a atenção um coqueiro ornamentado com garrafinhas de suco. Todas iguais e vazias. Amarradas em uma folha seca : nascia a árvore de Natal sustentável. Improvisada, sem o brilho das bolas natalinas, não resistiu à limpeza dos canteiros. Senti certa pena. Havia criatividade, bom humor, gosto pelo belo, na vida simples da sustentabilidade. Mas, ela se foi.
A segunda surpresa me fez sorrir. Não se deu por vencido. Encaixou cartas de baralho nas frestas deixadas, pela poda do coqueiro. E no poste de sinalização, um grande laço de fita. Desses que enfeitam caixas de presente e que se encontra na lata de lixo, depois de guardados nas gavetas e repassados em tantas outras caixas.
Me agarro a pensar na sensibilidade deste homem. Espírito de Natal, no desamparo de um olhar que o enxergue como presença na Avenida, na comunidade. Ele não desiste na alegria da vida.
Pois é....me sobra vontade de ouvir a história deste SER. Que essência perdura nas pegadas deste gesto singular?
A parnoia do medo lacra o vidro e a alma " escutadora".
Abraço. Enfeitemos nossos coqueiros no Natal de todos os dias. Olynda

Poema à Porta Azul




     Paulino, querido amigo escritor, em homenagem à "sua" Porta Azul do livro "Meu Analista é um Anjo". Ela nos trouxe reflexão das nossas portas cortinadas.
O Facebook não me lembrou, mas hoje, nossa amizade virtual faz 3 aninhos. Comemoro com poesia, meu jeito. Obrigada. Abraço

                                             Poema à porta azul
                                                              minha, tua, nossa


Falas de uma certa porta azul
encantada, no enígma do teu viver.
Me fascina te ler em névoas.
Em poema, busco meus
mistérios sombreados, no
inconsciente de minha porta
Não pretendo conforto, parede,
nos rabiscos dos meus versos.
É no chão, que me “ ouço” no reolhar.
Deslizo na areia da praia cálida,
onde as espumas revisitam
a alma, nas incertezas de mim.
Na bruma do mar quero te abrir
de mansinho, me encontrar
além do teu trinco imaginário
Não me visto do medo,
na verdade de quem sou,
nos avessos do meu eu.
Linhas de minha mão costuram
infindos sonhos, na fresta do meu
mundo revelado, na porta azul.

Meu silêncio se faz palavra.
Palavra em poema. Na madeira
destramelada, me faço poesia.
Olynda Bassan
9/12/2016
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4 de dez. de 2016

Poesia do cotidiano

Da série: poesia no cotidiano.
Meu silêncio; teu canto
É tarde.
Roupa no varal.
Pele de nomes,
no tempo do vento
Mãos tateiam
teu nome
num fiapo qualquer.
Pousa um pássaro
lá no beiral
da cumeeira,
musicando minha
saudade.
Cancioneiro, me secas
as lágrimas, me
aqueces lembranças
É Madrugada
Meu silêncio
Teu canto
Vida e solidão
Lirismo na noite
ao som de uma
flauta doce.
Estavas na tarde
Estás na noite
Ainda escuro
tu cantas
no vazio.
de um nome.
Olynda Bassan.
fonte google

Lorena

Hoje, minha filha completa 12 anos e entra na adolescência, uma fase de transição e muitas indagações, principalmente na alma feminina. Pensando em homenageá-la, desejei algo especial e que ficasse guardado em sua memória pra sempre...lembrei então da minha avó materna Maria José França Nogueira, mais conhecida como Dona Zezé, que em todos os aniversários dos netos, enviava sua cartinha com uma poesia, cada ano uma diferente.
Daí veio a idéia! Vou presenteá-la com uma poesia feita especialmente para ela! Como não sou poetisa rsrs...lembrei de uma mulher muito especial e com muita sensibilidade, também mãe entenderia como expressar meu "amor de mãe" através de sua poesia. Olynda Aparecida Bassan Francominha eterna gratidão pela sua colaboração e pela linda poesia que você fez para minha filha Ana Lorena.
Lorena
Na minha alma espelhada;
tua meninice, bonecas,
chuquinhas e risos. Estripulias,
da “macaquinha do avô Paulo”
Tu és versos em poesia,
do meu melhor poema vivo,
no útero tecido.
Criança distraída na vida
leve, feliz, encantada.
Passa o tempo, passa...
hoje, tu te olhas no espelho, já
sem adesivos de florzinhas
e princesas.
Na vaidade que te embeleza,
entre chapinha e batons,
que imagem vês nos teus
cabelos negros, pele da cor
de jambo, olhos de jabuticaba?
Pegadas de uma infância que se
distancia, nas bonecas guardadas?
O que sonhas nas entrelinhas dos teus
livros, nas músicas que te embalam?
Te vês adolescente com tuas indagações,
ou ainda menina, com corpo de mulher?
Agarradinhas em nossos silêncios,
além de mãe, o que sou, minha menina?
Quem é você, além da minha filha amada?
Somos, sim, cúmplices de um amor sem medida.
Mãe extasiada e agradecida.
Em diferentes olhares enxergo
em ti, minha companheira
madura, ainda pequena.
Vejo tua beleza de princesa e tua
alma de guerreira.
Choras de saudade e de emoção.
Sorri do nada em brincadeiras.
Abraça gostoso como um ninho
que aquece. Me ensinas a amar.
Sinto teu cheiro no meu caminhar,
teu respirar ao sonhar.
Tu és minha esperança,
equilíbrio, meu pilar.
Tu trazes no teu nome, “honra
e orgulho; um reino de um
famoso guerreiro”.
És homenagem à avó Ana
e à bisavó Lourena.
És vida, és minha celebração.
Em ti minha graça de ser mãe.
Ana Lorena, apenas fui escriba de um amor
Incomensurável de sua mãe
Olynda Bassan
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Lembranças

Eu não sei o porquê, mas minha amiga Eliane Scucuglia Arruda é quem recebe as notificações do aniversário dos meus textos, pelo Facebook e não eu rs. Hoje ela me avisou que o primeiro texto publicado faz dois aninhos. Eu escrevia que teria mais coisa para contar. Eu me referia aos meus passos pela Capital. E não é que levei à serio? Hoje são quase 200 textos, navegando entre prosa e poesia. Obrigada aos meus carinhosos amigos que me doam o seu tempo como leitura. É pic, é pic. É hora é hora!!!! Abraço da Olynda.
Bom dia
Ontem estive no MASP, vivendo momentos muito significativos, de aprendizado, mesmo, sem falar da beleza da arte. Não sou de ficar conversando, mas resolvi parar e ouvir um poeta que ali vende suas brochuras de poesia há muitos anos. Falei do Projeto "EnvelheSER" da UATI, USC Bauru. Ele amou a ideia. Filosofamos, falamos da vida com poesia . Seu nome é Ivan Petrovitch, nascido em Londrina. Nos murais do museu encontro esta frase de LUDWING TIECK.
"Deveríamos fazer do comum algo extraordinário e então nos surpreenderíamos descobrindo que está muito perto de nós a fonte do prazer que buscamos em lugar tão distante e difícil. Estamos muitas vezes a ponto de pisar na maravilhosa utopia, mas acabamos olhando por cima dela de binóculos.
Exatamente! Foi isto que pensei ao sair de casa:.hoje quero viver um dia diferente...e assim foi. Tenho muito mais coisas para partilhar com vocês."
2816C

homenagem

Grande Mestre, Paulo Bentancur. Deixou suas pegadas em suas obras, Paulino Vergetti Neto. Um tesouro! Parabéns!. Presente pelo dia do poeta.

Gratidão

Compartilho a emoção por receber orquídea e chocolate da amiga Ana Paula Nogueira e de sua filha Lorena. Gesto carinhoso pela poesia dos 12 anos da linda Lorena
Fiquei muito feliz e agradecida, querida amiga. Te abraço.

Não gosto de despedidas

Não sou eu. Fico feliz quando as pessoas entram em minha vida, mas tenho dificuldade em deixar ir. Trabalho o meu lado canceriano de querer todos por perto, com os seus limites e virtudes. Sofro com despedidas, embora sejam inevitáveis. Não somos âncoras.As pessoas mudam, as circunstâncias se movem e a vida continua. C' est la vie .Desapegar das águas corredeiras é sabedoria. Vamos lá, crescendo.

Nosso próprio vinho






     Caminhamos, caminhamos ao encontro do pote de ouro no final do arco- íris, a plenitude do além mar, além vida. En construção nos falta vinho. Sempre insatisfeitos na ânsia de nossa finitude. Falta uma gota, um gole, uma garrafa e estamos sós. De nossas perdas sabemos nós. Da explosão da alegria que transborda a alma, sentimos nós. O outro participa, chora, ri, mas o número exato do sapato, onde nos acaricia ou aperta são os nossos pés que sentem na pele. A emoção do nascer e do morrer é mágica. No final do dia, após o cansaço de ganhar o pão com o nosso suor e simpatia, a dois, três, ou avizinhando nossa solidão nos acolhemos com o próprio vinho que alegra, que sacia no monólogo do silêncio. Há prece, há contentamento no encontro de nós mesmos, no momento que nos esvaziamos, desnudamos nossos pés, sentimos o chão frio e ao mesmo tempo acolhedor. Desate as sandálias, bate a poeira que acoberta sonhos e sentido da vida. Tim Tim. Celebremos a vida amanhã. Somos eternos e nos entremeios sentimos a delícia de conviver com pessoas amadas, queridas que deixaram em suas pegadas o valor da vida. Que nada, que nenhuma carência, desamparo, nos diminua na vontade de bater asas e conhecer nosso próprio voo.
No vinho que me faltou hoje, compensei na lágrima que tingiu a taça. Boa noite.

Carinho além Mar



Mais uma arte do meu amigo, que me presenteia. Obrigada pela atenção carinhosa. Há amigos além mar, outra lingua, outra cultur., Olhares diferentes em um mesmo Universo, de mundinhos peculiares. Não nos falamos, mas a atenção, a simpatia, respeito permeiam a amizade virtual.








A grande Lua










A alma canta e sente a poesia no silêncio do olhar, na contemplação da beleza infinda da majestade Natureza. A criatura e o Criador num diálogo de Amor e Gratidão. Momento de oração. Ele olha para mim e eu para Ele. Falar para quê? Ele sabe que eu O enxergo nesta grande Lua. Boa noite. Abraço da Olynda na brisa que aconchega e faz suspirar na Bela noite. Bênçãos

O inesperado

Besouro
Como pode ser tão lindo, meu besouro, vagando por estas calçadas, humildemente, sem se dar conta do quanto enfeita a vida? Lentamente mexe seus membros luminescentes azulados, como se fossem candeeiros riscando seu caminho de luz.
Sua imagem fosforescente não se apaga de minhas lembranças que me fazem leve e agradecida. Com a lente do celular sempre à mão, pude admirar por mais tempo, chegar pertinho, cristalizar o presente recebido da Mãe Natureza, na Biologia do meu Deus.
Se ainda morasse em casa eu o teria trazido para enfeitar meu chão, minhas plantas. Conversaria com você. Eu o caçaria entre as flores orvalhadas do amanhecer e cálidas no poente. Mas, não poderia o trancafiar no piso frio de um apartamento, longe do seu habitat. Eu o faria um besouro lindo, mas triste, exilado de sua terra.
Seria egoísmo meu, o querer só para mim? Não, não era esta minha intenção. Meu desejo seria de preservação. Me espinha a alma pensar que alguém possa esmagá-lo por indiferença, ou descuido.
E assim começou o meu feriado da Proclamação da República. Paro o carro em frente à casa de um amigo para buscar uma encomenda e me deparo com esse encantamento. Me apressei em voltar para a calçada. Não queria que o meu besouro fugisse. Ansiedade minha, em perpetuar o belo, porque, em seus passos lentos não iria muito longe.
Por onde anda? Gostaria de encontrá-lo novamente pelas esquinas deste mundo. Aqui, ou acolá. Não deve se ser um exemplar solitário. Espero que não esteja na lista dos animais em extinção. Uma lágrima rolaria, se assim fosse.
Será meu mascote em pensamento. Também uma oração. Um sorriso no olhar para os nossos pés; para a passarela que nos engravida de poesia em tudo que nos rodeia.
É lindo, não é?
Abraço e o desejo de um dia fosforescente,com nossa Luz própria, nos ombos da Fé, Esperança Bênçãos.
Olynda Bassan

Celebrar a vida, sempre

Na graça do Henrique, a Graça de Deus. Na vela que sopra, na bola que rola, no sorriso que brilha, a alegria da família. Celebração da vida, quando amanhece o dia é oração da alma em louvor e contentamento. Parabéns, Henrique, amor que não se finda, que o vento não leva, pois entranhado no peito está. Dois anos faz " nosso liquidificador sem tampa" espalhando brinquedos e prazeres que lavam a alma. Olhos azuis da cor do mar, nos ensina a amar a vida, os netos, a família. Obrigada José, obrigada Fernanda, ao Sim, que se renova a cada aniversário. Vivaaaaaaa o Henrique . É pic, é pic. Parabéns, Neto " maisilindo" O abraço da vovó e nele cabe priminhos, papai, mamãe, irmã, tios, avós e quem mais vier. Bênçãos, meu tesouro. Perfume das flores e o esplendor da chama neste dia. Beijo da vovó Olynda.

Doar sangue

Ontem, ainda embalada pela emoção da Cantata de Natal da USC, sempre um encantamento, publiquei esta imagem do sombreamento do que somos, na Luz interior. Escrevi o texto direto no celular. Na última palavra,,,,o apagão. Lá se foram linhas e entrelinhas....começar de noooovo.
Sabe aquela frase" tenho um sentimento" de algo que não se conseguiu fazer, de um amparo desperdiçado, de um desejo não realizado. Pois bem, eu carrego este sentimento ao assistir a Campanha de Doação de Sangue.
Dona de uma Anemia por longos e longos anos, trabalhando na brancura de um papel sem linhas nem parágrafos, pela palidez da Hemoglobina, adquiri, de graça, uma Hepatite, não menos séria que a Anemia, nas transfusões pós parto, ou, pelas injeções de Noripurum.. Sei lá. Em 1998 retornei à vida com mais alento, depois de uma histerectomia completa do útero. Era tanta alegria, tanta disposição sem esforço, que o meu desejo era me projetar na Gratidão; e de recebedora, passar a ser doadora de Sangue. Proporcionar às pessoas a chance de comemorar a segunda data de nascimento ao renascer, como eu. Partilhar o "ouvir o mundo com outros olhos", em novas descobertas.
O sentimento é estar impedida pela Hepatite. Até, tentei, mas enfim, não depende de mim, mas que eu queria, eu queria.
Benção de quem pode ser solidária com a vida que passa da mente ao coração e se entranha no próximo, até no desconhecido.
Bom dia, nos desejos que merecem ser realizados. É o Natal de todos os dias. Abraço da Olynda. na Paz do Senho da Vida

Releitura do livro " Meu Analista é um Anjo"

Paulino, como está voltando ao nosso convívio virtual ( já não era sem tempo) vou lhe contar minha experiência ao reler o livro “ Meu Analista é um Anjo".
Em 17/12/2013 entrei pela porta da Literatura do escritor Paulino Vergetti Neto, recente amigo virtual, até então. Recebi como presente seu último lançamento de 2013: a Edição da obra "Meu Analista é um Anjo" Por ele conheci a luz e a sombra do escritor, da melhor maneira: lendo-o. Este livro tem muito do escritor nas entrelinhas, no segundo romance, o da sua alma. Não me defino, mas este livro me fascinou. Eu o distribui entre meus amigos. Hoje, relendo e após uma caminhada de amizade e leitura de mais de 30 obras suas, sinto que, quem quiser conhecer alma literária de PVN terá que ler o Livro 'Meu Analista é um Anjo". Ela se expande ao infinito na paixão pela palavra. No miolo deste livro você se declara quem é, sente e vibra ao escrever. Chego a sorrir. Tenho a impressão de sentir vibrar seu peito enquanto o tece.. Sua palavra tem a força das entranhas de escritor. Emociona, amigo, tal transparência. Estou amando reler a obra que é um divisor de águas em minha vida e na sua. Por ele você foi apresentado a diferentes pessoas, que se tornaram prezadas e importantes amigas. Seu nome, sua Literatura navegando por mares desconhecidos, além do horizonte de suas praias. Viajou por outros Estados e cidades. Você fala tanto do” reolhar” o passado para entender e enfrentar o futuro. Este “reolhar” me dá mais prazer na leitura do seu texto. O “Anjo” é sentir a Filosofia, a poesia, a exímia técnica Literária de Paulino, do instigante enredo do nascer ao poente, pois a trama se tece em apenas um dia. Sua obra tem sentido nela mesma. É merecedor de toda divulgação. Releio o Anjo e rabisco ainda mais as emoções que me tocam e por certo tocaram a você, querido amigo escritor. Abraço da leitora e amiga Olynda

No adeus, minha reflexão

Nestas imagens vertem alegrias e tristezas, perdas e ganhos. Lágrimas de sabores e substâncias diferentes.
Me reportei à infância.
Morávamos na cidade de Gália, no final da Avenida São José, onde esfriava pela proximidade do Rio das Antas. Saída para o próprio sítio e dos parentes. Minha casa era a âncora para tudo que era preciso. Pouso, acolhimento nas doenças, uma paradinha para um café, almoço, banho e por aí vai. Só nós morávamos na cidade, com energia elétrica. Me lembro bem. Aos domingos a Bassanzada, os Bortolettos sitiantes vinham ouvir o jogo do Palmeiras pelo mais moderno rádio da época. Bem, o quarto tinha o vácuo do porão. Certa vez o assoalho cedeu à vibração dos pulos e gritos na marcação de um gol estratégico do Palestra. Bum..
Lá se foram meus tios, irmãos e primos para o chão batido. Depois do susto, as risadas e a promessa do meu pai de aterrar o quarto. O que foi feito. Sem o " parmeira" os italianos não ficariam.
Mas, naquela casa meu avô viveu uma das mais tristes notícia de sua vida. O time do seu amado Turim, desapareceu nas nuvens de um acidente aéreo. O lindo, elegante avô José, se prostou diante da perda na sua longínqua Itália. Chorou a morte em contrate com a alegria da vida do grito da garganta, que se desenrosca no instante do Gol. Naquele momento a garganta do meu avô pedia silêncio. Assim foi domingo. Assim está sendo hoje. Abraço na dor, irmãos enlutados. Psiu.... Psiu.. Oremos na compaixão. Olynda Bassan.