7 de mai. de 2019

Tributo à mulher


Tributo à mulher

Mulher de todos os dias.
Homenagem atemporal
Mulher
És harmonia
garra
protesto
leveza
És indignação
sabedoria.
beleza.
feminilidade.
mãe
prazer
És imensa.
multidão em uma só.
pedra angular.
rocha na areia que se move
pilar na alternância das marés
bailarina além dos salões.
És útero sacramentado em poesia – no filho
maternidade da Natureza.
procriação sem filhos gerados
o canto da pedra
ÉS discriminada, violentada no SER.
desamparo de um Sistema doentio.
saco de pancadas do homem vil.
És altar na tua dignidade
És luta sem fim
És digna de fidelidade.
De ser respeitada.
De ser compreendida.
És criatura do Criador.
És o Amor encarnado.

Tributo à d. Toninha

Tributo à professora" Toninha " da Escola Manoel Gonçalves de Agudos, talvez aposentada.
Eu não a conheço pessoalmente, mas ontem à noite, ouvi palavras que me revelaram seu carisma de educadora e de alma. Não deve estar entendendo, nada. Vamos lá.
Iria tomar o ônibus para São Paulo à meia noite. Dei uma de mineira- cheguei bem antes do horário. Idosa tem que pôr o pé no breque rs.
Passando tranquilamente pelo Frans Café, vejo um jovem solitário, magro, mal vestido , com tranças no cabelo, apoiado no balcão, degustando seu pão de queijo, com gosto. Olho para a vitrine. Como, não como? . Não, e sigo para a plataforma de embarque. Me virei, quando ouvi. " A senhora parece minha professora de geografia. Com ela ninguém repetia. Ensinava até aprender. Tenho saudade dela. Fui um aluno rebelde, mas ela não me abandonava". Dei um dedo de prosa e me fui.
Na área de embarque, senti vontade de prolongar aquela conversa. Quem não gosta de elogios ao professor? Fiz meia volta, pedi um lanche e me acheguei àquele aluno que guardava no peito, o deslumbramento pela professora de geografia. Os olhos pequenos brilhavam num rosto magro, entumecido pela bebida. E conversa vai, conversa vem, o nome da professora me foi revelado - D. Antônia - D Toninha.
"Eu dei trabalho, dona, mas da aula da d. Toninha não fugia. Ninguém enforcava aula, dela. Ela sabia cativar os alunos. A aula dela era uma brincadeira. Eu procurava ela nas outras salas de aula. Tenho mesmo saudade da d. Toninha.. Aquilo que era professora. A senhora parece mesmo com ela ." Contei um pouco de mim, me despedi com a alma sorrindo em consonância com a alegria daquele aluno, que um dia se encontrou com a d. Toninha. Essa recordação talvez seja a sua grande e única riqueza.
Toninha, a sua também. Ser reconhecida e lembrada, não por um aluno que anda pelas próprias pernas, mas pelo aluno rebelde, sem estrutura escolar, é o testemunho do seu valor humano, além do educacional.
Espero que chegue até você. Parabéns querida colega de estrada
O nome do aluno?
Luciano Garcia
Olynda Bassan
Membro da ABletras

Quando o laço se desfaz

Quando o laço se desfaz ( luto)
“ Que Maria recolha nossas lágrimas, antes que caiam ao chão.
Duas fitas se encontram, se enlaçam e vão tecendo laçarotes. Algumas famílias com um, dois, três. Outras, com um tufo de laçarotes desiguais nas cores, texturas, formas, mas FAMÍLIA.
E na convivência, só se enxergam os elos engomados, todos alinhados, como se o vento não os amarrotassem, a chuva não os desfizessem. Tudo nos conformes. Está sempre tudo bem pelo Whatsapp, Messenger, ligações. Nos encontros de família, não falta nenhum. Pode conferir.
E o tempo passa... e as estações se alternam... um laço começa a se soltar. Não entendemos o porquê. Estava tão bem! Indagações não são poucas. Não importa a Estação do Ano. Há laços que voam no auge da primavera, ainda eclodindo os botões. Outros mais resistentes chegam ao Outono, Inverno. Partida que dilacera.
Tantos cuidados! Tanto amor! Mas, hoje, soltou - se um laçarote da Família Bassan - do seu José e da d. Malvina.
Terminou seu tempo neste plano terrestre, o nosso amado irmão José Antônio Bassan. Por um câncer, ele viveu a sua sexta- feira santa, envolto em uma aura de espiritualidade, de serenidade. Confirmou sua Fé, na dor de cada dia, nos desenganos de cada prognóstico. Sentiu o colo de Deus o acolhendo, sem desamparo. Sua vida foi – se cumprindo na sua crença, fiel à doutrina transmitida pelos nossos pais. No apoio incondicional de sua esposa e filhos. Que exemplo de partilha, de entrega! Gratidão, também às cuidadoras. Elas aprenderam a lhe amar.
É um momento de luto, que tem que ser vivenciado. Doído. Momento de introspecção, intimista. Dor particular de perda física, que mexe com nossas tristezas. O que nos consola que o “ Bassan” se encontra em outra plenitude, outro plano espiritual. Já não sente dor.
“ Zé Antônio”, você caminhou sua estrada de santidade e sua família percorreu junto. Há uma nuvem de ternura cingindo os corações.
Já não enxergamos o “ laço”, porque ele migrou para as entranhas do nosso amor. Que sua passagem seja de Luz. Deus contigo. Maria, que tanto amava, lhe dê seu colinho. Aqui, a saudade eterna.
No meu desabafo, cabem todos os seus irmãos, amigos, família e suas cuidadoras.
Olynda Bassan

Parabéns, parabéns

E hoje, é o dia daaaaaa... MARIA EDUARDA celebrar a vida.
Parabéns, parabéns.
O texto não saiu bem cedinho, amada neta. Conforme a jornada, precisamos afrouxar o elástico, como diria o saudoso padre Jesus. Entrar em estado de serenidade.
No “inventando moda”, neste ano, o simbolismo escolhido foi o bolo de laranja da vovó, com bastante creminho de limão, rememorando as coisas gostosas da infância. ( não vai esquecer, hein?!!!) Na mochila personalizada, a oferta da minha superação em costurar, bordar, quando minha coordenação motora, não é lá essas coisas rs. No desafio, meu jeito de amar.
Nossa querida Maria Eduarda cresce linda, amadurecendo com as piruetas da vida, como as que pratica, brilhantemente, na ginástica olímpica.
Quem é Maria Eduarda?
Apenas, um fato...
No aniversário de 2018, às 6:30 dei a partida no carro e nem um sinal de vida. Moramos perto. Saí às pressas para cumprir a tradição de cumprimentar os netos, antes de saírem para a escola. Levei um tombo cinematográfico, rasgando a grossa calça jeans e esgaçando a pele. Levou uma eternidade para sarar. Pois bem – diante desta ação desastrada, eu recebi o seguinte ordem da Maria Eduarda: vó, se o carro não pegar, “ EU VOU FICAR FELIZ “ se a senhora não for à pé. Não precisa. A senhora não tem mais idade para cair. É perigoso. Como a mãe dela fala - “ uma fofucha”.
Obrigada Elô, pelo sim que é sim e pelo não que é não. Segurança, coerência no educar. A colheita será gratificante
Querida, continue feliz com a graça da solidariedade, de olhar o outro além de si própria. Tem afinidade com criancinhas, adolescentes, adultos e idosos; aproveite para exercer a caridade, a gentileza, a provocar sorrisos, no sentido de amar e ser amada. O mundo está carente dessas virtudes que testemunham o amor de Deus, o Cristo transmutado em seu rosto. Ame seus pais, fonte da vida. Faz bem agradecer.
Meu Deus! Uma vida está aí para ser explorada, escarafunchada, experimentada. Dê um passo de cada vez e se faça presença. Faça a diferença, minha linda, no pedaço de chão que pisar.
Gratidão é a palavra neste cair da tarde, tão terno para orar por você. De manhã, fotografei o Sol e louvei, louvei pela luz que Deus nos enviou lá em 2005.
Continue feliz, minha querida. Parabéns no meu abraço. E como sempre digo...nele cabe sua família, amigos e quem mais vier.
Dia tão feliz!!!!! Maria, Mãe e nossa, proteja nossa Maria.
Vovó Olynda

Páscoa do Manjericão

A Páscoa do manjericão.
Tempos atrás, postei a foto de um pé de manjericão cheio de vida, nas abelhas que voam, voam, sugam o néctar, prolongam a humanidade. Ontem, retornei àquele pedaço de jardim, misto horta, pomar do meu filho. Ali, ele estava novamente exuberante. Aprendi que o manjericão não morre, se formos podando as flores. Imagina a dor em fazê-lo, mas é a continuidade da vida dele e da nossa. Pensando num “pesto”, sempre à mão, solução prática para uma refeição, para um lanchinho, ganhei vários raminhos. Cortado pelas mãos do filho se enchem de valor rs.
Mas, fui desviando os caminhos, para lá para cá e à noite, os retirei do carro, murchinhos, murchinhos. Que pena! E agora?
Não desisti do meu “pesto”. Eu os emergi na àgua e lhes dei o tempo que precisassem para o retorno à vida. Hoje, eu os encontrei com a vivacidade de ontem. Até os pendões parecem querer eclodir em flores. Na alegria dos olhos da cronista que enxergam além de...meditei sobre a renovação que a Páscoa nos convida, na seiva do Amor supremo da entrega de Cristo Jesus. Sem os cuidados dos nossos dias em brisas, nevoeiros e tempestades o nosso viço se esvai, perde o brilho. O Espírito precisa ser regado todos os dias, no sentido dos fatos, dos imprevistos alegres ou tristes.
Ah, o Cristo nos espera nos atalhos. Não tem pressa. É a paciência do AMOR, é a confiança que nos tem. Deus tem a eternidade para nos receber.
Em um galho de manjericão, ou em um símbolo qualquer, pensemos que existem outras Olyndas, Marias... morando sob a pele que acoberta pessoas melhores, lapidadas no autoconhecimento que busca o ser mais feliz, o sentido de um Amor pleno. Nele, a nossa finitude, nossos limites, nossa esperança de sermos solidários na Sua Criação, ajeitando um mundo mais humano, resgatando o outro que murcha com o passar dos tempos. E eu também. Quem disse que a vida seria fácil?
Feliz Páscoa.
Mais uma passagem da Cruz à Luz. Mais um momento forte de vida na ressurreição. Ressurgimos a cada amanhecer. Somos amados.
Olynda Bassan
Membro da ABletras

Caminhos da Literatura


Caminhos da Literatura

Rumo a Poços de Caldas, lá para Minas Gerais. Uma Flipoços para ser degustada, lida. Encontro com escritores, amigos para serem saboreados no saber de cada um. Livros para serem cheirados, acariciados e desvendados.
Ainda não li, quase não escrevi. Quero conhecer o pedaço em que estou, a estrada que me leva, vales e montes que me presenteia. Sentir a harmonia do mundo no azul do céu que abraça a Terra, no horizonte do olhar. E o declamar do poema vivo da Criação
É o agradecer no belo que nos faz orar.
Abraço da Olynda

Alma em Versos ..ecoando...

Alma em Versos
na Livraria Mulherio das Letras
Poços de Caldas
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FLipoços


A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Olynda Aparecida Bassan Franco, pessoas sorrindo, pessoas em pé e barba


 Momento impar. 

Cortella na Flipoços. Evento Master. Momentos reflexivos sobre nossas escolhas."sem querer, querendo" rs. Ética do vício e da virtude. Nossos anjos e nossos demônios. A vida que levamos, se leva. Estivemos presentes, amigas queridas.