7 de mai. de 2019

Páscoa do Manjericão

A Páscoa do manjericão.
Tempos atrás, postei a foto de um pé de manjericão cheio de vida, nas abelhas que voam, voam, sugam o néctar, prolongam a humanidade. Ontem, retornei àquele pedaço de jardim, misto horta, pomar do meu filho. Ali, ele estava novamente exuberante. Aprendi que o manjericão não morre, se formos podando as flores. Imagina a dor em fazê-lo, mas é a continuidade da vida dele e da nossa. Pensando num “pesto”, sempre à mão, solução prática para uma refeição, para um lanchinho, ganhei vários raminhos. Cortado pelas mãos do filho se enchem de valor rs.
Mas, fui desviando os caminhos, para lá para cá e à noite, os retirei do carro, murchinhos, murchinhos. Que pena! E agora?
Não desisti do meu “pesto”. Eu os emergi na àgua e lhes dei o tempo que precisassem para o retorno à vida. Hoje, eu os encontrei com a vivacidade de ontem. Até os pendões parecem querer eclodir em flores. Na alegria dos olhos da cronista que enxergam além de...meditei sobre a renovação que a Páscoa nos convida, na seiva do Amor supremo da entrega de Cristo Jesus. Sem os cuidados dos nossos dias em brisas, nevoeiros e tempestades o nosso viço se esvai, perde o brilho. O Espírito precisa ser regado todos os dias, no sentido dos fatos, dos imprevistos alegres ou tristes.
Ah, o Cristo nos espera nos atalhos. Não tem pressa. É a paciência do AMOR, é a confiança que nos tem. Deus tem a eternidade para nos receber.
Em um galho de manjericão, ou em um símbolo qualquer, pensemos que existem outras Olyndas, Marias... morando sob a pele que acoberta pessoas melhores, lapidadas no autoconhecimento que busca o ser mais feliz, o sentido de um Amor pleno. Nele, a nossa finitude, nossos limites, nossa esperança de sermos solidários na Sua Criação, ajeitando um mundo mais humano, resgatando o outro que murcha com o passar dos tempos. E eu também. Quem disse que a vida seria fácil?
Feliz Páscoa.
Mais uma passagem da Cruz à Luz. Mais um momento forte de vida na ressurreição. Ressurgimos a cada amanhecer. Somos amados.
Olynda Bassan
Membro da ABletras

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