Mãe, nasce mulher, sabia?
Mãe, na sua concretude, nasce com o filho, ainda
que imperfeita, insegura, inexperiente. Esta mãe, como um botão de rosa vai se
abrindo, entre as paredes de seu útero, guardião da vida, de seu bem mais
precioso e esperado. Floresce como Mãe ao ouvir o primeiro choro, na
maternidade, incrédula por tão grande emoção, na alegria de ser mãe. Nem se
lembra que rosas e espinhos não se separam.
Nasce
a mãe, ao abraçar seu bebê com carinho na primeira cólica e com lágrimas nos
olhos diz... vai passar... vai passar... Nasce a mãe, no primeiro refluxo,
no primeiro esfoladinho que apressadamente é curado com um beijinho. Nasce a mãe ao conduzir seus
filhos à escola, igreja, hospital, de maneira cuidadosa, firme. Nasce a mãe, no
choro, nas traquinagens, no sorriso, nas pequenas desobediências.
Mãe
de todas as cores, raças, tamanho. Mães de conforto, ou as mães sem
teto, carcerárias. Para entendê-las, para amá-las, lave as suas mãos. Sinta
seus calos, suas cicatrizes, sua pele manchada, enrugada, porque são elas,
gordas, macias, magras, benditas, que te acariciam, repreendem, ensinam, mesmo não sabendo tudo. Entendem
até o seu silêncio, balbuciam o que você não disse. Educam, para que você filho, possa existir e não apenas viver. Benditas
são as mãos, que no final da noite, se juntam em prece aos filhos, como
presentes de Deus. Vejo mães, como Imperatrizes que reinam, amam e oferecem seu
colo macio, cheiroso à vista da primeira lágrima, do primeiro sorriso. “Mães
Imperatrizes as quais desenvolvem o nosso lado feminino tanto de homens, quanto
de mulheres, nos fazendo tão cuidadosos conosco e com os outros”. Os corações
de mãe e filho se fazem um só. Nesta unidade de amor, entende-se o Amor doação
de Deus e o Sim de Maria.
No
filho, esta mãe desapegada de seus sonhos, realiza – se, no seu sucesso, no caminho reto que ele
escolheu. E se assim, não for; se ele se
desviar da rota, e por desventura, percorrer aquele que o faz infeliz, a Mãe se
entrelaça com sua alma, toma-o pela mão,
abraça-o, oferece seu ombro e o conduz pela vida como se uma bailarina fosse, no acolhimento, no amor incondicional de Mãe.
Mãe, é mulher. Transborda em sensibilidade, em
gosto, desejos, carências, ternura. Não a veja como status de
Mãe; a faz tudo. Quem estiver por perto,
estenda seus braços para que ela se desmonte num abraço, quando o cansaço, a
dor, a solidão interior se fizer presente. Ela até pode se armar de
ferro, mas é de músculo molinho, carente
de um cafuné, de um afago.
Ofereço
esta prece às ‘mães avós” “às mães pais”,
“ mães família” mães por adoção, que nas
intercorrências da vida, assumem o papel de Mãe. Mãe também é quem cria. Um
beijo em cada Mãe alma, partilha na Criação de Deus Pai. Maria, Mãe
Rainha coroada por Jesus, abençoe estas rainhas, imperatrizes dentro do seu
reino, o do Amor.
Parabéns MÃES. Temos uma dívida de amor por todas vocês , hoje e sempre. Dívida maior por
aquelas que já partiram e não foram suficientemente amadas. Amém