18 de abr. de 2016

tudo é seu


Parabéns querida., minha neta amada.

Maria Eduarda, pelo caminho, até lhe entregar a orquídea, bolo, com velinha, abraço presencial, simbolismo deste ano, fui fotografando o amanhecer do seu dia. Cada flash, um mergulho na VIDA que existe em seu interior. Pelo retrovisor vejo a luz que era uma faixa estreita na notícia da gravidez. A intensidade da luz se agiganta e explode no Amor Maior, você. Parabéns, parabéns. A luz do Espírito Santo em toda ação, pensamentos e sonhos. Sonhe muuuuito. Beijão da vó Olynda. É tudo seu.

Palco de imagem








Palco de imagens, sem som.
 Alma silente, espia a luz
trespassada pela janela.
Espetáculo de luz e sombras,
projetando na parede fria
minha  nudez sem
 adornos.
 Refletida a silueta viva
de minhas sombras, onde
 me  encontro  e me revelo.
Sombra diáfana. Deixo a luz
 penetrar  as entranhas
das  minhas dúvidas e perguntas.
Me  vejo  nua nos meus sonhos
 de pé descalços, livres para o amor
que  amo amar.

Olynda Bassan
           18/04/2016


11 de abr. de 2016

Orquídias e Amoras

                                    








            Orquídias e Amoras                      


         Na entrevista com a escritora  Noemi Jaffe, o entrevistador Edney Silvestre disse a ela que nunca   pronunciara o termo “ebífica" “ na televisão, citado em seu livro.         O que seria?
    Noemi explica que “ebífica” é a principal característica das orquídias. As raízes  agarram -se  a objetos,  dos mais variados;  não sendo dependentes da terra para se desenvolverem. Esta era a característica da sua personagem no Livro “Irizs, História do Comunismo”. Suas raízes não fincavam em terra firme.
   Num canto da escada cresce a amoreira.  Deslumbro- me  ao ver flores prenunciando amoras roxas, doces, naqueles galhos franzinos  que parecem se quebrar na insistência do  vento.  Imagina o êxtase de se catar fruta no pé, bem ali no meu quintal, no arbusto tão pequenino! Seria o manjar dos deuses.  Mas, meu encantamento pouco dura ao perceber as flores que ousaram implodir, já murchas;  sem a robustez  da seiva irrigada . O termo “ebífica’ retorna ao meu pensar, justificando meu desapontamento. A amoreira, não sendo planta aérea, “ebífica”, não é. Tem como necessidade a terra que a abrace, e nutrientes singulares, para  que nos agracie com seus frutos saborosos e medicinais.  Se ali estivesse a requintada  orquídia por certo  teríamos cores exuberantes   à  rústica escada. Não desprezaria as brechas de sobrevivência  que a vida lhe emprestaria.  
 .  O sucesso de um peixe não pode ser medido pela exigência dele subir em árvores, assim como o beija- flor não  atinge os altos cumes. Imprescindível é a busca do autoconhecimento, no qual me ancoro e zarpo ao mar desconhecido que é o amanhã, ou a um instante.  Que ponto de luz sou na constelação familiar, no Universo que me cerca? Do que se alimenta minha alma? Chego, porque sou um explorador de caminhos?   Humildemente olho para os meus pés e me busco no estilo das minhas raízes.  Existo no agarrar cascalhos, isopor, rolhas, ou no viço que me vem da terra fofa e adubada?   Ah, posso até ser um cacto, de pouca exigência.  Imprescindível me achar onde pareço me perder na falta de identidade.  Parasitas sugam a seiva alheia, desconhecendo a viscosidade de sua própria. “ O céu tem muitas moradas”; a vida inúmeros  cantos nos cantos desta terra. Sendo “ebífica” ou enraizada, nasci por um sentido, e por ele,  o melhor de mim, na vida.



                                                                          Olynda Bassan





7 de abr. de 2016

Estou cansada, muito cansada










                Estou cansada, muito cansada.
                 

      Estou cansada de me sentir conduzida pelos avessos, com linhas emaranhadas pela corrupção, pelos interesses próprios e não públicos. Poxa, na escola me ensinaram que política era arte, ciência, administrador de interesse público, um bem comum.
   Cansada de brincarem de casinha com o meu dinheiro, de “repartirem as vestes entre eles”, deixando-me à deriva da estrada, com minha nudez de símbolos, de arquétipos que me inspirariam a dizer: “quando eu crescer quero  ser como eles.”
    Cansada de conceber a dúvida, se temos várias constituições. Tantos entendimentos e  vereditos  sobre o mesmo fato. O verso e o reverso são  provados  pela  Constitucionalidade , assegurando a supremacia da Carta Magna, fazendo uso das “ brechas da Lei”. Um puxar a sardinha para a sua brasa, mais incandescente que a outra.  Trava-se o País,
   Cansada de ler as estatísticas sobre inflação e constatar que a conta não fecha com o meu bolso, que parece estar furado e não há costureira que dê jeito. As agulhas entortam no tecido duro da realidade.
   Cansada dos conchaves que vão além das colisões partidárias e das parcerias necessárias para a governabilidade. O toma lá, dá cá, usurpando o erário público  (leia –se nosso).
   Cansada da profissionalização dos mandatos na vereança, deputados e senadores.  Poucos, com muito poder durante décadas; os caciques da política os manda – chuva. Acima do bem e do mal.
   Cansada da imprensa tendenciosa. Esconde-se  informações de acordo com interesses. Mas, aonde irei me informar dos fatos, que não seja pela imprensa falada e escrita? Vou lendo as notícias, desconstruindo discursos, com dois pés atrás e um na frente.
   Cansada de ouvir a frase: a corrupção é cultura brasileira  desde o descobrimento. Sim, ela está presente em todos os partidos, ou seria em quase todos?  Os partidos são edificados por rostos, almas. Não estou, neste desabafo simplório,  analisando partidos, mas pessoas, políticos que disputam o meu voto, no qual outorgo uma procuração universal para os devidos fins, na confiabilidade.  Talvez não aja “ 5 justos” que impediriam a destruição da moral, mas o ser humano tem vontades, discernimento e capacidade para mudar  o quanto quiser.  Precisa se repetir exaustivamente o mesmo proceder?
    Cansada da justificativa do A, declarando que o B, C, D também realizam as mesmas ações ilícitas.  Quer dizer, se todo mundo rouba, a conduta dirime a culpa.  Que as águas das investigações banhem  de A a Z e seja tudo devidamente esclarecido.
      Cansada de observar o jeitinho brasileiro, a Lei de Gérson nas pequenas infrações ao virar a esquina; no uso indevido das vagas especiais; pequenos subornos; o passar na frente, e por aí vaaaaii
    Cansada de muitas e muitas coisas... Busco na Física Quântica o amparo para que a minha esperança não se esmoreça diante das mazelas caóticas. A partir do caos, do poço, que sequer se enxerga o fundo, uma Nação pode se realinhar em meio às atitudes aparentemente desastrosas. Remexidas as águas, o lodo sobe, e é bom que suba, e que na transparência das águas se dilua. Mesmo que aconteça no espaço de gerações.
    O povo foi às ruas pelo A e pelo B. Não se iludam!  Também sairá pelo C.
   Cansado está!
    Enquanto escrevo penso na frase de John F. Kennedy “ Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pelo seu país”.
 Reflexão oportuna.
   Brasil, quero vê-lo como uma Fênix, voando após cantar o seu canto da morte.

                           Olynda Aparecida Bassan Franco


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4 de abr. de 2016

Porta entreaberta

            









               Porta entreaberta


   Gira, gira o mundo em  ciclos.
   Lua cheia prateia.O  Sol doura a vida.
   As marés balançam o mar.
   Ciclos findos: vida que  renasce.
   Ciclos partidos: porta entreaberta.
   Respira-se passado, saudade
  

   No apego sofredor  se distancia
   e se regressa,  à mesma fresta.
  Amores mal resolvidos na alma
   carente, silencia a poesia
   do hoje e do amanhã,
  

  Sonhos não resistem ao passado 
  arrastado, sem roteiro, nem lugar.
  No viés se sofre de novo e de novo.
  Catarse do não.

 Na coragem de se chavear a porta,
 na  lágrima  ao som de um trinco,
 se arvora o desapego; nova história.

 A  vida quer vida, nas possibilidades 
  do  poema novo que se tece. 

                          Olynda Bassan









3 de abr. de 2016

poetrix chuvas de mim










        Chuvas de mim



  É madrugada, chuva pesada
  Enigmas em minha alma
  Lava - me
   ****
  Chuva se derrama intensa
  Coração enternecido palpita
  "Alma-me"
   ****
  Gotas de cristais
  delicadas, translúcidas
  Ama-me
    ****
  Som forte das águas

  canta  meu sonho.
  Ouça -me
  ****
  Chuva, sono, um olhar...
  gosto de grafar palavras
  Inspira-me

  **** 
 Verso riscado em
 respingos de cor e rítmo
 Poetiza-me.

                      Olynda Bassan


As nuvens passam



                    As nuvens passam; passamos nós.




 Hei, cadê o ursinho que estava ali? Virou leão. Bem ali tinha um cavalo, sei que eu vi; agora enxergo um homem deitado. Ah, mas minha fadinha, com varinha de condão, está ao alcance do meu olhar. Não acredito! Se foi...não consegui nem um clic. Como tudo muda tão rápido, não é? Num piscar de olhos e " bum" o que era, não é mais. Danada esta vida. Prometo, ah, se prometo, palavra de escoteiro: arrancar a tela é me agarrar na imagem que for: cavalo, ursinho, fadinha, mas que me encha os olhos, que eu pense: isto me faz feliz! Num repente.... Bom dia, bênçãos nas nuvens que se transformam, só o AMOR de Deus é infindo. Abraço da Olynda. Opa! Mudou de nooovo rsrs
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Saudade do que não tive







   

                Saudade do que não tive




No avarandado da casa,

a brisa acaricia minha face
Fecho os olhos e tu vens.
Saudade de um rosto,
saudade de uma boca linda,
do beijo que não beijei.
Meu coração sentiu o teu
no abraço imaginado.
Tudo foi dito sem dizer.

Sim, saudade de quem
nunca me tocou a pele.
Sinto tua alma, sem estar.
Te visito em sonhos;
mais que sonhos.
Como cego te percebo e amo.
 Me  apercebo em ti,
 no adeus da lágrima

 Saudade da tua alma
 na minha alma; 
  da nossa história,
 em uníssono silêncio
 Amo o que não tive.

                                   
Olynda Bassan
                                               

Mãe, sementeira

                          

                         


                                                 Semeia flores

     
      Aquela mãe se levanta junto com o Sol que doura o mundo e dele recebe a energia para pisar o chão, que  sonha ser areia fofa e morna.
     Na folhinha pendurada na parede descascada da cozinha, os dias são riscados um a um. Seria mais um, ou menos um?   Com a xícara de café e a fatia de queijo em mãos a mulher olha pela janela e nos olhos marejados pela saudade, se lê a oração. A mãe fixa o infinito como se não houvesse nada além dela.  Cristalizado em seu olhar está o dourado da medalha reluzente  sobre peito do filho. No amor gerado no primeiro útero, a mãe enxerga o invisível e espera..espera...
            Nas suas  idas e infindas vindas ao portão da casa  ela  assola a terra, pisoteia  a grama como se fosse as uvas, no preparo  do vinho festivo. No sorriso  da alma, planta, semeia  flores; decora o caminho.
           Hoje, as flores perfumam a prece.

                                                          Olynda Bassan

Não li seu olhar





                            Não li o seu olhar



  Vejo um rosto viajador em
  imagens flutuantes nas
  nuvens inquietas.
  ****
  Nos flocos enigmáticos,
  alvo algodão, sonho com
  seu perfil contornado.
  ****
  Em que momento eu perdi, você?
  Em devaneios me distraí, sua
  despedida não percebi.
  ****
  Ausente na sua alma,
  sou morada em alma vazia.
  Seu olhar eu não li.
  ****
  Pelos céus eu persigo
  a poesia que tão perto
  esteve, e não senti.
  ****
  Quisera ouvir o seu silêncio,
  seus vazios nas entrelinhas,
  o não dito em palavras.
  ****.
  Como um fugidio poema,
  beijo a saudade em versos
  na expressão do coração.
                   Olynda Bassan

Peça rara

  




Peça rara




  Estava eu por aí,
  distraída, nem pensava
  em me apaixonar, como
  um lenço de seda pura,
  vogando ao vento.
  Olhava, mas não enxergava.
  Nem te vi.
  Como me encontrou?
  Me apanhou com o
  desejo de bordar sonhos,
  costurar ilusões, na trama
  de meus fios.
  Delicadamente em seu colo
  sou seda, resvalando
  em deslizantes amores,
  afago macio em suas mãos,
  beijo em lábios que tocam
  a textura, como se fosse peça rara.
  Um bordado, cuidado, guardado
  em teu coração relicário,
  preciosidade do amor.
 Não mais balanço ao vento...
                                                  Olynda Bassan

Páscoa, sempre

              






                          E Páscoa, sempre

   

  Feliz Páscoa
Somos passagem, transformação; andantes de uma existência onde se busca o sentido de quem somos e para onde vamos.
Somos botão trazendo em nossas pétalas fechadas uma dívida de Amor pelas graças recebidas, pelos nossos ancestrais, pela VIDA que pulsa.
Dívida de Gratidão por um Deus apaixonado, por um Cristo, sem medo, que se partiu e se repartiu no Amor supremo de entrega do seu Corpo, Alma e Espírito. Venceu a morte, e está entre nós, VIVO, em cada rosto, em cada olhar. Cristo reconciliação do humano com o divino.
As pétalas desabrocham no seu tempo, peculiaridade em encantamento de cores e aromas. Assim é festa da Páscoa.
Do botão à flor. Da cruz à Luz. Da tristeza à glória.
A caminho, sempre a caminho...da Salvação no Amor, na Fé em Deus e nas pessoas, na Esperança, nos Sonhos...
Abraço da Olynda.
olyndabassan

Ginástica Olímpica de Bauru


        Ginástica Olímpica de Bauru


      Aconteceu no dia 19 a primeira competição interna da Ginástica Olímpica de Bauru, comandada pela competente técnica Débora. Noite artística, prazerosa, mas não pude deixar de refletir no que meus olhos enxergavam e minha alma sentia naquele evento.
    Nos Textos bíblicos encontramos a frase “Olhai as aves do céu: não semeiam, não ceifam...e o vosso Pai Celeste alimenta-as”.
    Mensagem de serenidade, de confiança construída na maturidade emocional, na maturidade da Fé, na resolução dos conflitos, mas, não será a ideia do “não fazer”, de deitar - se na rede e esperar que o Maná  caia  do céu.  Aplica-se se ao esporte também, o qual requer muito empenho e perseverança, moldados num espírito de garra, de paciência.
    Estou vestindo os sapatos da Ginástica Olímpica de Bauru com a entrada recente da minha neta, à equipe de treinamento desta modalidade de esporte. Eu estou tomando ciência das dificuldades encontradas no cotidiano esportivo. Durante a competição vivi o paradoxo do belo e do feio; da vontade da comunidade e do descaso público; do brilho e das sombras.
     Era visível o contraste dos atletas, desfilando vaidosos em sua performance, com olhar de “tigre”;  com  a feiura das instalações físicas.  Faltava estilo, cores no ambiente.  Não tinha o viço das ginastas.
    A imagem do Ginásio de Esportes Guilherme Dal Colletto é de abandono. Não tem passado por lá equipe de limpeza, de manutenção. Os pais, atletas, organizados em “Associação de amigos da Ginástica” se cotizaram na limpeza do local, que não é pequeno, para que se tivesse o mínimo de higiene, de organização para o acolhimento das pessoas. Mexeram e remexeram  nos inúmeros colchões, independente das dores do joelho, da coluna. A vontade era maior que o desconforto.   A Ginástica Olímpica portadora de medalhas e que propaga o nome de Bauru em Jogos Regionais, merece valoração.
    Os holofotes estavam apagados e eram poucas as lâmpadas acesas. A penumbra entristecia a apresentação em meio a aplausos.  Som precário: nada profissional.  Ali era a raça, o acreditar, o amor é que impeliam o espetáculo.
    A parceria da comunidade é salutar na moderna gestão, mas a infraestrutura, o apoio logístico acredito que esteja a cargo do Poder Municipal, proporcionando, assim, condições adequadas à pratica do Esporte, no entusiasmo, no sentimento de pertença. O Ginásio é amplo, existem aparelhos adequados, e, em quantidade, mas falta a manutenção, o olhar cuidadoso da Instituição responsável. O querer sentir: “eu sou valorizada”. Não há verba destinada a este setor? Que estrutura poderia ser acrescentada? Talvez um encontro entre as partes?
  Este é um olhar in “in loco”, vivenciado no dia a dia dos treinos, também.
  Parabéns à equipe da Ginástica Olímpica de Bauru.  Trabalho sério a caminho de conquistas.
 Encerro com um apelo à SEMEL: passa por lá. Não é  muito  o que a comunidade pede. Acredito que essa Secretaria tenha condições de prover uma melhor qualidade de vida esportiva à Ginástica Olímpica bauruense. Quero sentir o belo naquele lugar.
       O amor dos atletas é inenarrável ao levantarem os braços com tamanha graciosidade, nos movimentos limpos, sorriso largo, que iluminam o olhar de quem faz o que gosta.

                                                       Olynda Aparecida Bassan Franco



 




Um nome, uma missão

             Um nome, uma missão



Linda é a canção que diz
“Como são belos os pés do mensageiro”
 que anuncia a Paz”.
Seus pais por certo estavam em estado
de alma elevado, ao dar àquele bebê
 o nome de Ângelo, o mensageiro.Por que Ângelo?
 Surgiu no coração, na tradição, em homenagem?
Quase que pela imposição das mãos,
sua missão era desenhada com as
contas do terço  de Maria, na glória.
Há nomes que fazem o homem.
Há homens que constroem o nome,
nessa arquitetura  que é a vida.
 Você a edificou na sua vocação, na família, nos amigos.
O bebê cresceu e se cristalizou na missão do seu nome,
como mensageiro da boa nova, na crença
Inenarrável do Seu Deus, no silencio da oração.
 Como um anjo, preserva a Espiritualidade
Marianista na fé de Maria, em Maria, por Maria.
 Alegre, perseverante a propaga
  atrás dos montes, além dos muros da casinha.
 Incansável! Sonha! Sabe da sua missão.
 Olha pra frente. E vai. E Maria junto.
Angelo, o nosso abraço, gratidão
Mensageiro, amigo, assessor,
Felicidade. Continue, continue...




Nome, risca-se









Nome; risca-se




Risca do teu caderno,
o meu nome,
antes que o meu travesseiro
 o esqueça.
Derradeiro porto de saudade,
confidência
das lágrima mornas,
 fantasias do estar sem amar.
 Amar, sem estar.
Alma andarilha no sopro
que te leva e traz,
trespassa nuvens diáfanas de mim;
 me tocas
pelos vãos avarandados
 que deixo.
Me  abrace, diga que te dás todo
 pra mim. Só a mim.
Poderei morrer em teus braços.
Mas...
Se morto for o amor,
Sem nome, nem dor,
será a noite.
 

     Olynda Bassan