3 de abr. de 2016

Ginástica Olímpica de Bauru


        Ginástica Olímpica de Bauru


      Aconteceu no dia 19 a primeira competição interna da Ginástica Olímpica de Bauru, comandada pela competente técnica Débora. Noite artística, prazerosa, mas não pude deixar de refletir no que meus olhos enxergavam e minha alma sentia naquele evento.
    Nos Textos bíblicos encontramos a frase “Olhai as aves do céu: não semeiam, não ceifam...e o vosso Pai Celeste alimenta-as”.
    Mensagem de serenidade, de confiança construída na maturidade emocional, na maturidade da Fé, na resolução dos conflitos, mas, não será a ideia do “não fazer”, de deitar - se na rede e esperar que o Maná  caia  do céu.  Aplica-se se ao esporte também, o qual requer muito empenho e perseverança, moldados num espírito de garra, de paciência.
    Estou vestindo os sapatos da Ginástica Olímpica de Bauru com a entrada recente da minha neta, à equipe de treinamento desta modalidade de esporte. Eu estou tomando ciência das dificuldades encontradas no cotidiano esportivo. Durante a competição vivi o paradoxo do belo e do feio; da vontade da comunidade e do descaso público; do brilho e das sombras.
     Era visível o contraste dos atletas, desfilando vaidosos em sua performance, com olhar de “tigre”;  com  a feiura das instalações físicas.  Faltava estilo, cores no ambiente.  Não tinha o viço das ginastas.
    A imagem do Ginásio de Esportes Guilherme Dal Colletto é de abandono. Não tem passado por lá equipe de limpeza, de manutenção. Os pais, atletas, organizados em “Associação de amigos da Ginástica” se cotizaram na limpeza do local, que não é pequeno, para que se tivesse o mínimo de higiene, de organização para o acolhimento das pessoas. Mexeram e remexeram  nos inúmeros colchões, independente das dores do joelho, da coluna. A vontade era maior que o desconforto.   A Ginástica Olímpica portadora de medalhas e que propaga o nome de Bauru em Jogos Regionais, merece valoração.
    Os holofotes estavam apagados e eram poucas as lâmpadas acesas. A penumbra entristecia a apresentação em meio a aplausos.  Som precário: nada profissional.  Ali era a raça, o acreditar, o amor é que impeliam o espetáculo.
    A parceria da comunidade é salutar na moderna gestão, mas a infraestrutura, o apoio logístico acredito que esteja a cargo do Poder Municipal, proporcionando, assim, condições adequadas à pratica do Esporte, no entusiasmo, no sentimento de pertença. O Ginásio é amplo, existem aparelhos adequados, e, em quantidade, mas falta a manutenção, o olhar cuidadoso da Instituição responsável. O querer sentir: “eu sou valorizada”. Não há verba destinada a este setor? Que estrutura poderia ser acrescentada? Talvez um encontro entre as partes?
  Este é um olhar in “in loco”, vivenciado no dia a dia dos treinos, também.
  Parabéns à equipe da Ginástica Olímpica de Bauru.  Trabalho sério a caminho de conquistas.
 Encerro com um apelo à SEMEL: passa por lá. Não é  muito  o que a comunidade pede. Acredito que essa Secretaria tenha condições de prover uma melhor qualidade de vida esportiva à Ginástica Olímpica bauruense. Quero sentir o belo naquele lugar.
       O amor dos atletas é inenarrável ao levantarem os braços com tamanha graciosidade, nos movimentos limpos, sorriso largo, que iluminam o olhar de quem faz o que gosta.

                                                       Olynda Aparecida Bassan Franco



 




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