Ginástica Olímpica de Bauru
Aconteceu
no dia 19 a primeira competição interna da Ginástica Olímpica de Bauru,
comandada pela competente técnica Débora. Noite artística, prazerosa, mas não
pude deixar de refletir no que meus olhos enxergavam e minha alma sentia
naquele evento.
Nos
Textos bíblicos encontramos a frase “Olhai as aves do céu: não semeiam, não
ceifam...e o vosso Pai Celeste alimenta-as”.
Mensagem de serenidade, de confiança
construída na maturidade emocional, na maturidade da Fé, na resolução dos conflitos,
mas, não será a ideia do “não fazer”, de deitar - se na rede e esperar que o Maná
caia do céu.
Aplica-se se ao esporte também, o qual requer muito empenho e perseverança,
moldados num espírito de garra, de paciência.
Estou vestindo os sapatos da Ginástica
Olímpica de Bauru com a entrada recente da minha neta, à equipe de treinamento
desta modalidade de esporte. Eu estou tomando ciência das dificuldades
encontradas no cotidiano esportivo. Durante a competição vivi o paradoxo do
belo e do feio; da vontade da comunidade e do descaso público; do brilho e das
sombras.
Era
visível o contraste dos atletas, desfilando vaidosos em sua performance, com
olhar de “tigre”; com a feiura das instalações físicas. Faltava estilo, cores no ambiente. Não tinha o viço das ginastas.
A imagem do Ginásio de Esportes Guilherme Dal
Colletto é de abandono. Não tem passado por lá equipe de limpeza, de
manutenção. Os pais, atletas, organizados em “Associação de amigos da
Ginástica” se cotizaram na limpeza do local, que não é pequeno, para que se
tivesse o mínimo de higiene, de organização para o acolhimento das pessoas.
Mexeram e remexeram nos inúmeros
colchões, independente das dores do joelho, da coluna. A vontade era maior que
o desconforto. A Ginástica Olímpica
portadora de medalhas e que propaga o nome de Bauru em Jogos Regionais, merece
valoração.
Os holofotes estavam apagados e eram poucas as
lâmpadas acesas. A penumbra entristecia a apresentação em meio a aplausos. Som precário: nada profissional. Ali era a raça, o acreditar, o amor é que
impeliam o espetáculo.
A
parceria da comunidade é salutar na moderna gestão, mas a infraestrutura, o apoio
logístico acredito que esteja a cargo do Poder Municipal, proporcionando,
assim, condições adequadas à pratica do Esporte, no entusiasmo, no sentimento
de pertença. O Ginásio é amplo, existem aparelhos adequados, e, em quantidade,
mas falta a manutenção, o olhar cuidadoso da Instituição responsável. O querer
sentir: “eu sou valorizada”. Não há verba destinada a este setor? Que estrutura
poderia ser acrescentada? Talvez um encontro entre as partes?
Este é um olhar in “in loco”, vivenciado no
dia a dia dos treinos, também.
Parabéns à equipe da Ginástica Olímpica de
Bauru. Trabalho sério a caminho de
conquistas.
Encerro com um apelo à SEMEL: passa por lá.
Não é muito o que a comunidade pede. Acredito que essa
Secretaria tenha condições de prover uma melhor qualidade de vida esportiva à
Ginástica Olímpica bauruense. Quero sentir o belo naquele lugar.
O amor dos atletas é inenarrável ao
levantarem os braços com tamanha graciosidade, nos movimentos limpos, sorriso
largo, que iluminam o olhar de quem faz o que gosta.
Olynda Aparecida Bassan Franco
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