3 de abr. de 2016

Nome, risca-se









Nome; risca-se




Risca do teu caderno,
o meu nome,
antes que o meu travesseiro
 o esqueça.
Derradeiro porto de saudade,
confidência
das lágrima mornas,
 fantasias do estar sem amar.
 Amar, sem estar.
Alma andarilha no sopro
que te leva e traz,
trespassa nuvens diáfanas de mim;
 me tocas
pelos vãos avarandados
 que deixo.
Me  abrace, diga que te dás todo
 pra mim. Só a mim.
Poderei morrer em teus braços.
Mas...
Se morto for o amor,
Sem nome, nem dor,
será a noite.
 

     Olynda Bassan

Nenhum comentário:

Postar um comentário