16 de ago. de 2014

Como chuva, não...

Como chuva, não...




                                                                                     fonte Google.



Como chuva, não...




 Olho a chuva atrás da vidraça
 Aninha-se em minha alma
 Eu me sinto chuvosa,
 Pingos e respingos de incertezas
 Do seu silêncio, nada sei
 Na ausência de você, o meu
 Recolhimento na ânsia da espera.

 Chuva escorre fria pela ladeira
 Ao encontro do rio e do mar.
 Lágrimas debulham, eu sei
 Regam o jardim das minhas saudades
 Haja água a regar...
 Não sou chuva mansa
 Há de me  amar na minha inquietude
 Nas minhas tempestades
 Entre brisas e ventanias

 O amor amado em pontos de luz na escuridão
 Chuva cai, não volta em seu adeus
 Não o quero, como chuva...
 Quero-o como o ar da manhã que me desperta
 Com poema e poesia.
 Melodia que acalanta meu sono
 Atmosfera de amor em fina sintonia
 Braço, que me abraça, no meio da tarde.
olyndabassan





Reencontro











Reencontro



 Coração ancorado
 Sem partidas, nem chegadas
 Repousa em águas tranquilas
 Não navega, não deslumbra
 O nascer do Sol, nem seus poentes


 Navega  pelo  face, com o paradoxo
 De sentir-se junto e  sentir - se   só.
 No espanto, um clic a mais
 Reconhece  um rosto, que na memória traz..
 Anos e anos se passaram...

 Coração desavisado, acelera
 Reencontro do primeiro amor
 Entram emoções, navegam lembranças
 Neste barco, que desconhecia
 A saudade que ainda sentia.

 Sensação estranha, de medo gostoso...
 Da emoção aflorada, na face rosada
 Medo de quê?
 Se um dia foi prazer, por que
 Silenciar, a alegria do encantamento?

 Com um pé atrás, ou, os dois no chão
 Vontade imensa de se reviver
 O grande e ingênuo amor
 Sentir a juventude que ele expressa
 No amar de novo... e de novo...

 Vá coração, singrar em novos rios
 Descubra suas nascentes,
 Veja as cores do poente
 Ante o medo que arrepia,
 Celebre a coragem que inebria.

Olynda Bassan

Fuga de si,,,






Fuga de si...

  
 A cidade dorme
 A poesia me acorda
"Um sorriso espera por você"
 Está no olhar luzente que contempla
 o horizonte do verde mar, com
 suas metáforas e poesias
 Ternura do existir

 Piso em cristais de areia. 
 Acariciam meus pés,
 como se afeto fosse à
 esta alma embotada, sem amor.
 Minha alma não está nos meus pés.
 Eu a sinto nas espumas das saudades
 Banhadas de mim... de você

 Arrecifes domam águas revoltas
 Batem, mas os mistérios não  transpassam.
 Assim é o medo de não se ter vida
 Muralha, leito seco que me abraça
 És rocha de conchas prisioneiras de sonhos
 Não se expandem nos fachos de luz
 Que o alumia e não vês

 Peregrino em fuga de si mesmo
 Tão perto... não  me  encontras,
 na magia de um querer absoluto
 Almas  sedentas devaneiam...
  no espaço da quimera
 Conchas espalhadas na areia,
 beijadas pelas ondas; movimento de você
 Não vejo ondas
 A cidade dorme.



olyndabassan



14 de ago. de 2014

Pensamentos


 Pensamentos...

  Sementes


   Estou na vida a semear. Sementes de    quê, espalho ao vento?

   Silêncio


   O silêncio nos fala. Tem várias vozes.      Qual delas eu me deixo ouvir...

  Ser eu mesma.

   Não quero depender da resposta do    outro, para ser quem sou. Nesta minha  liberdade de ser eu mesma, posso  amar  na intensidade que meu coração  desejar. Amo, porque assim sou.

  Oração

    A oração sem palavras... O silêncio no     louvor. Que paz nos traz!
  Vida
  Minha vida passa...  Agarro - me  aos       sonhos. Deles, não abro mão.
 Viajar
  O corpo vai, o corpo vem. Nunca é o      mesmo que regressa. Na viagem    pensamos...

  Sono

No silêncio que me falava da madrugada, no sono ainda insatisfeito, querendo mais um tempo de hibernação, um pensamento rodopiava sem ter consciência desperta para repousar. Ah! mas ele era real, eu sei. Quando meus olhos tornaram-se leves para mundo, eu o resgatei não sei de onde e ele me dizia assim... "O feio, com amor, se faz bonito." Bom dia. Que tenhamos esta sabedoria e este olhar na graça do olhar de Deus. Abraço da sempre Olynda.




 Toc Toc Toc

Preste atenção neste som
A vida quer entrar...

11 de ago. de 2014

Outono



    


      
                                               fonte google




        Queridos amigos, senti a necessidade de retornar às minhas crônicas. Sem explicações aparentes rondaram  em  minha mente e coração, “ensaios de poesias”. Elas foram aflorando, aflorando, e eu apenas registrando palavras que minha alma me ditava.
  Outro desejo foi ler, ler, ler. Alimentar-me para continuar esta aventura da qual lhes falo e me exponho.
  Nos últimos meses vivi experiências de alegria, de desafios, do novo, os quais valorizaram, engrandeceram  a estação do outono, na qual eu me encontro.
 Assim como a Natureza, nossa vida se veste das 4 estações e nelas moram não só a nossa alma, mas o nosso cérebro, o qual vai nos fornecendo informações como bem aproveitar cada estação, com todo o seu encantamento.
   A primavera onde tudo é força, impulso. Os brotos da flor rompem com a energia da seiva da vida. Está tudo por construir, por conquistar. O mundo nos espera. As chuvas são mansas, a brisa vem de leve, não querendo estragar as tenras flores que estão começando a desabrochar.
  Ah..o Verão... vem com o Sol, com o dourado das conquistas, dos afazeres, da economia ativa, casamento, filhos... Chegam as chuvas torrenciais, passageiras, ou intermitentes,  encharcando os prados, a relva, lameando as estradas. Prenuncio de nossa luta diária, pela sobrevivência do humano, da alma. A luta pelo emprego, pelo carro, pela casa. O tempo é de se fazer... edificar  prédios,  alicerçados na vontade, no caráter, nos valores, no abrigo para as próximas estações. Desafios  surgem aos jovens casais, inexperientes em conciliar família e trabalho, para que os valores não se invertam, para que a atmosfera de amor envolva a casa, se fazendo lar.
Mas o tempo, não nos espera, não pára. E neste corre-corre, chega, sem que percebamos a fase do outono, onde a beleza da Natureza muda de cor, de intensidade. O vento sopra, baila , derruba de um jeito charmoso  as folhas coloridas do alaranjado ao rubro; caem, e vão tapeteando as calçadas, as ruas e jardins. Senão está presente a beleza das copas verdejantes das árvores., das flores do alto, tem –se  o encantamento do espetáculo de multicores, de quem já pisa em folhas secas, com ruídos característicos, em terra firme, com mais humildade, olhando seus pés,  suas raízes fincadas  durante uma vida. De repente, neste outono se vislumbra uma sempre- viva vermelha, rosa, amarela, surgindo na fresta de uma calçada de pedra, num orifício de um muro com seus descascados e musgos. Vem linda, imponente, querendo dizer, eis- me aqui... Tenho sim meu lugar neste mundo de mil cores, brilhos e sombras.
  A exemplo desta sempre-viva, ao chegarmos na  estação do Outono, o nosso cérebro nos dá condições físicas para que façamos as nossas escolhas, terra fértil, onde renascem esperanças, sonhos, desafios, aqui, acolá, nas frestas regadas pela chuva de verão.  Tempo de se caminhar com pessoas afinadas, com nossos desejos de vida, que nos dão prazer. Não com pessoas que insistem em se  lembrarem  apenas, “das tardes de domingo, velhos tempos, belos dias”, foram;  não mais existem. A festa de hoje também será recordação, amanhã. Pessoas que entendem a fugacidade do tempo, os fatos inevitáveis, a falácia... Pois, sim,  não sejamos modorrentas, ainda é outono, há folhas, flores, com cores intensas, fortes,” bordadura de nossos canteiros, ainda viçosos, orvalhados pelo orvalho sereno, caindo como um Maná”.
  Bauru, “cidade sem limites”  nos oferece diversas  oportunidades entre as quais temos a liberdade de escolhermos projetos com conceito de “viver melhor” , de amaciar nossa alma com alegria e irradiá-la como círculos nas águas de um rio, ao lançarmos uma pedra.
   Dias de muita alegria, descontração, vivemos ao nos apresentarmos no Fashion Day organizado pela UATI, ( Universidade Aberta da Terceira Idade da USC) dentro do Projeto  “BAILA Comigo”. Um desfile  de moda com 40 participantes, outonando, com a alegria do Verão, e a esperança da primavera. Há vida sim senhor, no Outono. Mais  pausada, mais tranquila, mais ponderada, onde nos cabe com o nosso sorriso largo, o brilho dos olhos, contarmos a amigos e familiares, assim como a flor... Eis- me aqui...       Bailamos  a vida, com a música que nos dá,” mas o ritmo é comandado pela nossa batuta, pelo maestro que existe dentro de nós”. Na UATI brincamos a vida, nela própria. Na Estação Maturidade, a bússola, que nos mostra o Norte... vem ...vai...podes viver com mais sentido, com mais gosto, com mais amor próprio.
  Outro fato que me foi desafiador, impelida pela necessidade; dirigir em São Paulo. Estrada engarrafada, rodoanel, sem antes sequer ter experimentado  tal façanha. Acho que me sai bem, pois os meus acompanhantes até dormiram rssr  Este espírito de vida, de fortaleza que me sopra o Espírito Santo,  faz - me arrojada, aventureira, para o melhor de mim. Esta energia vem da minha paixão pela vida, por acreditar em um Deus que nos presenteia todos os dias, e espera que a  administremos em sua plenitude, em sua abundância.  Não se esmaece de todo, no outono. Apenas nos dá bom senso no risco calculado, mas  não nos  inibe o desejo, a vontade de envelheSER, sendo parte ativa deste Universo. Seremos viajantes com nossas características, sendo: copo- de –leite, violeta, azaleia,  rosa...é tempo de colheita, não de se querer mudar o que somos em nossa essência, mas nos revestirmos de uma roupagem mais leve, com mais luz.  Cada um com o seu perfume, com o seu colorido enfeita, dá aroma ao seu canto, no canto deste mundo. Somos pássaros, voando em V, nos revezando, ora animando, ora encorajado. Ao chorarmos, alguém seca nossa lágrima, chegará a nossa vez do consolo, do abraço, que nos desmonta,  que nos afaga e salva da solidão, do silêncio do amor.
O inverno ainda não chegou...

                   

                                                       fonte "As quatro estações de Adelaide Reis de Magalhães"

9 de ago. de 2014

A saga do Presente Sol


           A saga do presente Sol


                                                                                  fonte gogle




                                                                                           



  Neste 2014 escolhi como simbolismo, presentear minha queridas netas, com o SOL.
  Precisamente com o Nascer do Sol....e para cada uma um texto com o jeitinho delas


    Maria Eduarda - 9 anos   


Hoje  despertei bem cedinho para registrar o amanhecer, com todo o seu esplendor, rezando para que o dia não estivesse nublado. Com o deslumbramento da natureza, celebrar um dia especial, repleto de ternura; o aniversário da minha neta Maria Eduarda. Quero o Sol mais brilhante, o céu com seus tons alaranjados, rubros, com poesia, iluminando seus passos, “refrigerando” sua caminhada. Hoje dia de louvor, apenas louvor... Eu digo que cada idade tem o seu encanto. Ela nos “encanta” há 9 anos, com sua beleza exterior, a de sua alma, sua inteligência, sabedoria e espiritualidade de criança. Assim como o Sol, ela nasceu e renasceu em nossa família e neste mundão de meu Deus. Este bebê despertou sentimentos nunca experimentados antes, de inenarrável ternura, de pura   leveza!  Parabéns Maria Eduarda, parabéns papais. A benção de Deus, do Anjo da Guarda sempre a te proteger. Beijão da vovó Olynda.


 Valentine, 5 anos

Este nascer do Sol é só seu. A Duda tirou duas fotos, pra você, Valentine.Cada alvorecer tem seu encanto, cada criança e idade tem sua "belezura". A sua é encantadora. Desde bebê sempre foi forte, linda, corajosa, alegre. Hoje, como se não bastasse, é engraçada e amante dos animais. Vem pela volta da escola, conversando com gatos e cachorrinhos, depois de correr meio quarteirão, gritando..." ^moço, moço, ele é bonzinho?" rsrs. Quando não se detém nos jardins para apanhar as flores, ainda tenras, do chão, oferecer para a vovó. Sua meiguice e espiritualidade, vem do abraço " do nada" e diz....estava com saudades, te amo... Obrigada, Path, obrigada Pedro, por esta "vida" em nossas vidas. Abraço. Neste abraço cabe vovós, titias, titios.primas, e quem mais vier... Beijo da "vovó amarela", como dizia, ainda pequenina. "Anjo da guarda meu amiguinho, te leve sempre para o bom caminho," neste seus 5 aninhos e para todo o sempre. Amém"
 



     Luísa - 2 anos

 Continua,  a saga do presente SOL.


    Luísa, hoje, a vovó com a câmera em mãos, fez seu café, no escurinho do final de noite, para pegar o primeiro raio de Sol, que beijasse a Terra, para presenteá-la, no dia em que completa, seus dois aninhos.
São 45 minutos, atenta, sem desviar o olhar, observando as cores difusas, meandros de amarelo, azul, rosa, coral, prenuncio de que despontará vibrante, majestoso,  como Rei que és. Eu o dou, Luísa, como oferenda deste Universo... é  só seu. É inenarrável registrar o romper da aurora,  vislumbrando o inebriar do romper da bolsa uterina, que traz uma vida, uma vida preciosa chamada Luísa. O coração dispara, e com emoção aflorada, minha alma vai cantando o texto deste dia. Nem uma palavra poderia ser dita antes, não teria o vibrar, o tremor da emoção do momento de louvor pela VIDA, pela GRAÇA, que é você, nossa pequena Luísa. Um gesto simples do cotidiano, de um nascer do Sol,  que se repete, e ao mesmo tempo único, insubstituível, encontro a sensibilidade que me nutre, e que faz a vida ser bonita. E assim chega uma criança, como se não bastasse ser linda, tem um senso de humor que nos encanta. É engraçada, nos faz rir, mesmo à distância, nos lembrando de seus trejeitos, seu jeito de menininha arteira. Seus olhos riem, brilham no compasso da alegria que envolve seu coração. Cresce, e cresce sua espiritualidade, ainda despercebida, em um lar de pais e família orante.  Papai José, mamãe Fernanda, obrigada, obrigada... O SIM de vocês à vida gerou  o amor, e com ela esta atmosfera  amorosa, de sintonia afinada com a paz.  Luísa, um beijo grande. Que o Santo Anjo do Senhor, seu amiguinho a leve sempre para o bom caminho. Beijo da vovó Olynda.