25 de fev. de 2017

É Carnaval?







        Para os que alimentam a alma com o amor, com os sonhos que resistem o passar do tempo. Para os que se lembram do primeiro amor, se procurando no salão, ao som da marchinha que dizia o que o coração gritava, não dito, no olhar tímido.



É Carnaval?

“Meu” moreno jambo, desfilas pelo salão
Camiseta laranja, pele bronzeada. Sorriso paixão!
Aura purpurina; no teu negro olhar, sublimas a canção
‘vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é Carnaval.

Em meio à folia teu coração sonoriza em silêncio
Vem, rompes as cortinas das serpentinas,
abres as alas entre os confetes.
Sintas as delícias do olho no olho na alegria.
Me enlaça no sorriso, me rodopia.

No beijo sonhado; o que vale o tempo?
No beijo da alma; o prazer atemporal.
Na saudade; a magia de um encontro.
É Carnaval? Terá cinzas? Nem sei...
Do meu amor, sei eu.

                                                                                                                     Olynda Bassan

21 de fev. de 2017

visualizações




No meu Blog ( Olhar do Cotidiano) vejo a marca de 30.100 visualizações. Apenas registro sem vaidade alguma, pois nem sei como esta contagem é computada. Mas, enfim, apenas para massagear o ego, eu reeditei uma destas poesias que me acordam, no verso" Um sorriso espera por você" Como cenário, o verde mar de Recife, espreitado pela janela, viajando sozinha, um olhar que se perde na imensidão; só poderia tecer uma poesia nostálgica, mas com uma nuvem de ternura sobrevoando o coração, que me faz sorrir. É o "eu lírico" que me empresta o tom. Coisas de poeta.

Fuga de si.

A cidade dorme
A poesia me acorda
"Um sorriso espera por você"
Está no olhar luzente que contempla
o horizonte do verde mar, com
suas metáforas e poesias
Ternura do existir
Piso em cristais de areia.
Acariciam meus pés,
como se afeto fosse à
esta alma embotada, sem amor.
Minha alma não está nos meus pés.
Eu a sinto nas espumas das saudades
Banhadas de mim... de você
Arrecifes domam águas revoltas
Batem, mas os mistérios não transpassam.
Assim é o medo de não se ter vida
Muralha, leito seco que me abraça
És rocha de conchas prisioneiras de sonhos
Não se expandem nos fachos de luz
Que o alumia e não vês
Peregrino em fuga de si mesmo
Tão perto... não me encontras,
na magia de um querer absoluto
Almas sedentas devaneiam...
no espaço da quimera
Conchas espalhadas na areia,
beijadas pelas ondas; movimento de você
Não vejo ondas
A cidade dorme.
                                                                   olyndabassan
C

2 de fev. de 2017

Walquíria ( ópera de Richard Wagner)







                 Walquíria  

                                                                         
                                                                                  
                                                                        


Combatente valente, marchas
entre trincheiras, em postos desconhecidos.
Vertes da tua pele os sonhos feridos.
No amor em luta guerreias, sublimando- te
no escudo de tuas defesas.
Feres-te enclausurado em silêncios.

Sinto-me a musa Walquíria em cavalgada,
 retirando-te da batalha entre os
 melhores guerreiros feridos.
Repouso-te no meu templo sedução,
 banho-te com bálsamos e unção
do meu Universo, em desejo

Faço-me bela ao me encantar por ti,
à espera do teu coração que pulsa,
na vida  que te retorna.
Sentes nos meus beijos mornos, tua cura
Oferenda aos deuses, de tua musa, 
na cura de si mesma.

Círculos de fogo não me atormentam
na guarda de tua alma amante.
 Em minha paz cavalgarás
acima do mar e da terra.
Abraça-me.





                                               Olynda Bassan