4 de dez. de 2016

No adeus, minha reflexão

Nestas imagens vertem alegrias e tristezas, perdas e ganhos. Lágrimas de sabores e substâncias diferentes.
Me reportei à infância.
Morávamos na cidade de Gália, no final da Avenida São José, onde esfriava pela proximidade do Rio das Antas. Saída para o próprio sítio e dos parentes. Minha casa era a âncora para tudo que era preciso. Pouso, acolhimento nas doenças, uma paradinha para um café, almoço, banho e por aí vai. Só nós morávamos na cidade, com energia elétrica. Me lembro bem. Aos domingos a Bassanzada, os Bortolettos sitiantes vinham ouvir o jogo do Palmeiras pelo mais moderno rádio da época. Bem, o quarto tinha o vácuo do porão. Certa vez o assoalho cedeu à vibração dos pulos e gritos na marcação de um gol estratégico do Palestra. Bum..
Lá se foram meus tios, irmãos e primos para o chão batido. Depois do susto, as risadas e a promessa do meu pai de aterrar o quarto. O que foi feito. Sem o " parmeira" os italianos não ficariam.
Mas, naquela casa meu avô viveu uma das mais tristes notícia de sua vida. O time do seu amado Turim, desapareceu nas nuvens de um acidente aéreo. O lindo, elegante avô José, se prostou diante da perda na sua longínqua Itália. Chorou a morte em contrate com a alegria da vida do grito da garganta, que se desenrosca no instante do Gol. Naquele momento a garganta do meu avô pedia silêncio. Assim foi domingo. Assim está sendo hoje. Abraço na dor, irmãos enlutados. Psiu.... Psiu.. Oremos na compaixão. Olynda Bassan.

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