Ecos de mim....
Canto as dores do horizonte
De um mundo
não pensado
Canto a
minha própria dor
No silêncio
do meu mundo oco
Dor
maior, ou menor, não sei...
É, a que me
arranha, maltrata e
Umedece o
meu triste olhar
Descontente
de mim
Me derramo
dentro
do espaço
Sagrado do
meu quarto
Ninguém sabe,
não me enxergam
Só eu ouço o
gotejar das lágrimas
Deste telhado
ora de vidro, ora de argila
Na dualidade
de luz e sombras
Suspiros
confundem-se com o meu respirar
à espera da paz que virá...
No criado- mudo, desnuda de tudo Repousa minha alegria
Tão muda quanto ele
No despojamento de minha alma
Empobrecida...
Há reflexão
no grito deste silêncio
Tênue, como as flores de um ipê amarelo
Sentindo a florada, quando as folhas caem
Não há
vendas, não há faz de conta...
Guardo em
minhas mãos
Trêmulas e
gélidas
Os Ais... ecos de mim...de mim...de mim
Olynda Bassan
Olynda Bassan
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