1 de set. de 2014

Ecos de mim





                                                                                                  Fonte google
     
                              Ecos de mim....


Canto as dores do horizonte
De um mundo não pensado
Canto a minha própria dor
No silêncio do meu mundo oco
Dor maior,  ou menor, não sei...
É, a que me arranha, maltrata e
Umedece o meu triste olhar
Descontente de mim
Me  derramo  dentro  do espaço
Sagrado do meu quarto
Ninguém sabe, não me enxergam
Só eu ouço o gotejar das lágrimas
Deste telhado ora de vidro, ora de argila
Na dualidade de luz e sombras
Suspiros confundem-se com o meu respirar
 à espera da paz que virá...
No criado- mudo, desnuda de tudo Repousa  minha alegria
Tão  muda quanto ele
No  despojamento de minha alma
Empobrecida...
Há reflexão no grito deste silêncio
Tênue, como as flores de um ipê amarelo
Sentindo a florada, quando as folhas caem
Não há vendas, não há faz de conta...
Guardo em minhas mãos
Trêmulas e gélidas
Os  Ais... ecos de mim...de mim...de mim



                                                    Olynda Bassan









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