23 de out. de 2013

A esperança que não morre.

Bom...como está chovendo, não sai. Vou falar da Ana. Na saída da galeria eu me encontrei com uma adolescente, vendendo uma revista social chamada "OCAS'. Parei mais uma vez para conhecer aquele projeto. Ana, já foi "menina de rua" e como me disse..."eu aceitei a mão que me estenderam...muitos, não". A venda da revista rende a ela 3 reais, os quais auxiliam no pagamento do seu "quartinho". Estuda e tem uma vida voltada para  teatro, exposições... Ela me contou de muitos projetos que existem em São Paulo os quais acolhem as pessoas vulneráveis. Existe um projeto que se chama 2.8. Ensina a fotografar. Eles se socializam por meio da fotografia. Tem revelações de talentos de pintura, embaixo dos viadutos. Ela me deu dicas de teatro, de exposições gratuitas. Vou aproveitar os dois eventos. Gente, fiquei tão emocionada, tão agradecida pela Ana. Sabe, parece que a esperança aflorou. Toda vez que olho favelas, pessoas nas ruas, penso nos talentos submersos. Até em nossas escolas, também.
Encontrei o poeta Antônio Luiz Júnior, vendendo seu folhetim de poesias. Elas não têm títulos. Achei interessante!. Vou partilhar um deles, o qual amei. Precisa ser lido e " pensado" Eu vivi, ontem, o pensamento postado anteriormente. Como é bom viver o cotidiano, com intensidade! Eu sou assim rsrs

Somos livres e não possuímos as pessoas
Temos apenas o amor por elas e nada mais
é preciso ter coragem para sermos o que somos sustentar uma chama no corpo sem deixar se apagar é preciso recomeçar DO CAMINHO QUE VAI PARA DENTRO (amei isso).

Vencendo o medo imaginado
assegura -se no inesperado
desprezando o perecível
na busca de si mesmo
ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
e rir pois tudo é brincadeira
que, cada drama é só nosso modo de ver a vida
só está nos mostrando aquilo que estamos criando
com o nosso poder de crer.

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