6 de out. de 2020

É simples, mas será comum?

                   É simples, mas será que é comum?

Eu estava na casa de uma amiga, ainda jovem, casada, com um filhinho de 5 anos, na fase de aperto. Compra do primeiro apartamento, na conquista de seu espaço.
Surgiu um emprego com muitas vantagens, no período das 19h à meia noite. Seria um reforço considerável no orçamento. Não por muito tempo. Só nesta fase de precisão.
Começa a negociação com marido, com filho. Precisa da anuência e compreensão dos dois homens da sua vida. Como mãe zelosa, ajeitou o horário da escola, pra ficar mais tempo com o filho durante o dia, pois se aumentaria um período à noite. Início meio atribulado, com um pouco de chororô do filho, mas entraram em acordo. O menino dorme tranquilo com o papai, no horário estipulado.
Mas, o que mais me tocou foi quando me disse que na véspera havia deixado uma carne pronta na panela, para o jantar e que ao chegar em casa, quase uma da manhã, encontrou a panela lavada, tudo em ordem. E acrescentou com certa emoção na voz: Olynda, eu não quis agradecer meu marido pelo telefone. Quando ele chegar do serviço, quero dizer meu muito obrigada, olhando nos olhos dele.. É olhando nos olhos.
Pequenos gestos, pequenas delicadezas na gratidão e a alma cresce, se acarinha no amor/ reconhecimento. Mantém a chama do amor, com todo seu esplendor e calor.
Ela, com idade para ser minha filha caçula, me fez refletir sobre a importância do obrigado na convivência do lar.
Simples? Temos este cuidado?
Boa noite. Obrigada.
Olynda Bassan
Maria Aline Vicentini Davila e Lea Garib

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