6 de out. de 2020

E o domingo começou assim

          Domingo, sem sinal de TV, nem Internet...leio e escrevo, brigando

com o teclado que escreve o que não dito,

No Café faço um rodízio, escolhendo um lugar à mesa diferente do costumeiro.
De repente, com olhar rastreador observo sombras de uma realidade sabida e não vista, com olhos que enxergam o chão. Imagens distorcidas, invertidas da decoração da sala. Num olhar em status panorâmico vou descobrindo novas representações de um mesmo fato. De um mesmo objeto. O leite esfria, o queijo quente endurece, o horário da missa se aproxima, mas o momento é este. Amanhã o café será em outro horário, embora na mesma sala, na mesma parede, a posição do Sol que me presenteia com a sombra, em paradoxo com sua luz , estará iluminando outro ponto do universo. Fotografo, faço analogia com minha vida. Anotações rápidas, cabelo em desalinho, a primeira água de cheiro e ainda encontro o Pe Carlos, com o seu sorriso largo cumprimentando um a um o povo de Deus que se aproxima. Ele, que mexe comigo porque chego sempre apressada, ou um pouquito atrasada, diria: ah! Você não se perde no sono, mas em suas ideias.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os jovens cantam e a criança, no ombro de um pai, dança. Abraço da Olynda.


Comentá

Nenhum comentário:

Postar um comentário