19 de out. de 2016

ParabénsElô

Esta beleza merece ser homenageada.
Desde Sampa, no silêncio da noite, eu a fiz pra você
Elô,
és som da minha história.
No meu canto silencia
o mundo. Ouço a voz da noite
distante de ti.
Um fio de luz, um relógio,
um tic tac: ruído lírico em uma alma leve.
Na parede do tempo, não um relógio
digital, frio, de hora instantânea, mas
o de ponteiros ruidosos, trazendo
histórias vivas. As suas.
Ponteiros superpostos, meia noite. A
magia de princesas, carruagens,
abóboras e vestidos de tules.
Penso em ti Elô. No amor trino que se parte
e se reparte por inteiro, na alma da mãe .
Eu, contadora de histórias, remexo
o baú da vida de minha filha Elô e não vejo
vestes da princesa.
Nos figurinos, imagem de mulher
bíblica, aguerrida, forte, como Rute e Ester.
És um tic tac de risos por qualquer coisa, no sorriso
que abraça o olhar, na vida que pulsa em ti..
Mas, teu grito ecoa nas batidas das injustiças, dos sons
desvalidos, no submundo ingrato.
Perfil ético, coerente. De tua mãe, orgulho.
Nos ponteiros do meu tempo te seguro
como minha menina.
Te ouço nos sons da emoção
de um carrilhão; prenúncio de tua vida.
Era setembro.
No pólen edificado na dor e no amor,
vives tua primavera. Longe é o teu outono.
Hoje é o teu dia, filha amada.
És benção, és graça nos meus segundos.
Cresço em ti. Me construo no teu jeito de amar. A tua Fé
move o relógio da tua existência, Elô
Parabéns, dentro do abraço entranhado de mãe.
No abraço de Deus, Senhor do tempo, te agradeço.
Olynda Bassan

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