2 de abr. de 2018

Renascimento Páscoa



                        
Páscoa
      vida que desabrocha pelo orvalho do        Amor. Renascimento.
 
Tríduo de Páscoa
Três dias - três formas de amar. 
Todas densas e transformadoras, no sentido em que as vivenciamos, na contemplação da Partilha, da Paixão e da Ressurreição de Cristo. Se faz memória deste Amor, independente da crença, descrença ou Filosofia. É uma pausa para se pensar em amores, dores e vitórias.
O sentido da Quinta- feira Santa me fascina. Dia da solidariedade, da Instituição da Eucaristia, do partir e do ficar Vivo, no alimento espiritual que não se compra, se busca pelo amor. Pensar no outro, na dor que se avizinha. Nesta atitude de Jesus, eu me lembro de gestos que fazem a roda girar pela Fonte de Água Viva. Minha tão jovem, querida amiga galiense, Regina Ottonicar, na época em que fazia quimioterapia no Amaral Carvalho, por um câncer agressivo, promovia o Natal para as crianças internadas. Angariava os presentes e pessoalmente distribuía com um sorriso e brilho nos olhos. A exemplo de Jesus, “guardava sua dor no bolso” e partilhava o que tinha de mais precioso: a sua generosidade. O cuidar do outro. Vivia a sua Quinta- Feira Santa. Também é o dia da humildade. Somente os escravos lavavam os pés dos seus senhores. Jesus curvou -se diante dos apóstolos - seu ensinamento - ficar do tamanho do outro no servir, no amar, no atender e entender suas necessidades. “ Lavai os pés uns dos outros” . Há tantos pés para serem lavados.
Cristo viveu primeiro.
Sexta- feira Santa – dia do perdão - da gratidão, da reverência, da doação da própria vida. Da superação de uma mãe, na perda de um filho. Há dor maior? Ela estava lá. De pé, ao pés da Cruz de Cristo. Que imagem forte! “ estava” - de “pé”. Dia de esperança. A vida não termina na Via-Crúcis, na Paixão. Jesus passou pela Via Dolorosa, viveu o Seu Calvário. Dá- nos esperança ao vivermos o nosso, a nossa Via- Crúcis. Quem não tem dias de Via – Sacra, de desamparo? Há tantos sofrimentos a serem aliviados.
Cristo viveu primeiro.
Sábado Santo - tempo de espera - do amadurecimento - do casulo que transforma a borboleta. Tempo de Deus agir nos corações de Fé, de Esperança. Tempo do acreditar que as portas se abrem num piscar de olhos.
Termina o Tríduo com a Páscoa. Mais plena será se também perdoarmos, assim como Jesus perdoou. Ouvimos todos os dias o quanto o perdão, a gratidão nos fazem bem, nos libertam, nos curam. Jesus sabia o que estava fazendo, e por isso nos deixou este instrumento de cura interior, de serenidade da Paz.
Páscoa, passagem, concretude na vida que se reinventa, que pode ser melhor vivida no Amor, nas mãos estiradas, no cuidar do outro, no amar-se. Há tanto Amor esperado.
Cristo viveu primeiro.
No meu abraço o meu Feliz Páscoa. Olynda.

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