16 de jan. de 2017

Eu voltarei, Salvador







   
               
                                              Eu voltarei,  Salvador...

  

        Por que não consigo ouvir uma frase e não pensar em crônica? Já que é assim, escrevo mais uma rs.


      Minha filha Path, no momento de partir da Bahia, com a qual ela se identifica, e muito; depois de ser envelopada pelas delícias das férias, dizia ‘que já não tinha o sotaque “baianês”, mas de nordestino, pois assim se sentia. Ia para São Paulo trabalhar, para poder voltar.”
       Mais que uma declaração de amor a Salvador!  Tem muita Serotonina, muito prazer nesta frase. “Prozac” natural, sem efeitos colaterais. É o voltar para sobrepor as pegadas deixadas; onde se foi acolhido e acolheu. Onde se olhou no olho e se viu na luz. Será que baiano consegue ter depressão, no azul deste mar?
      Uma energia que a recarregará no alento, quando se levantar com os cômodos de sua alma sombreados, querendo ficar na quietude do seu quarto. É na benção do trabalho que me faço “pertença” neste mundo de concorrências e escolhas. Nem sempre o trabalho dignifica o homem, mas quem o tem já é um começo para pulos maiores.  Agora, trabalho aliado ao prazer de ir, não tem preço.
      Quando me sentia cansada, desanimada, eu pensava....”bora trabalhar Olynda, tem gente te esperando, tem um mundo lá fora para ser descoberto”. Vamos lá...”você adora empurrar carrinho no aeroporto” e isto custa dinheiro.  E se ganha com o suor e simpatia do seu rosto rsrs
      O sorriso da Path e da filhinha se incorporaram ao cenário das praias de Salvador; exuberantes! Quem? As parias, ou, os rostos com a cara da alegria? Há ambiguidade nesta frase? De jeito nenhum. Tudo exuberante na Natureza privilegiada dos baianos., no jeito de receber, e na reciprocidade, um sorriso agradecido e satisfeito.
Com conhecimento de causa, pelos momentos de incertezas vividos em 2016, onde a Fé triunfou e a deixou de pé, a Path canta folosofia em sua alma e fecha com chave de ouro, sua semana na Bahia " A vida deve ser intensa e maravilhosa, ainda que vez ou outra tenha a capacidade de ser dolorida" ( Path). Pelo visto terei uma cronista concorrente na família.


Somos retirantes na busca de nossas voltas.
                                                          Olynda Bassan


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