21 de fev. de 2019

Advento

Lembrança atemporal. Passamos por muitos adventos : caminho, saudação, encontro





Quarto domingo do Advento
Acende-se a quarta vela: a de cor branca. Nela se insere o simbolismo da
paz, pureza, reverência, união. E sobretudo a simplicidade, a plenitude do Menino Jesus.
Completa -se a Coroa do Adento na caminhada de espera. No círculo, a eternidade, o Sol, o prêmio pela vitória. Nos ramos verdes um hino à Natureza que se renova, à luz que vence as trevas, hino a Cristo. Hino à vida que brota da verdadeira Luz. As velas dispostas como pontos cardeais simbolizam o Universo. Ele é. Ele está. Ele vive.
Desde o início a Coroa do Natal teve um forte apelo do compromisso social, promoção dos pobres, dos marginalizados. Cuidar da VIDA, onde estiver.
Domingo da Luz .Cristo vem como feixe de luz para nos tornar um corpo luminoso no amor, na fé. Luz que se propaga aos nossos irmãos necessitados, ainda que não marginalizados. É o Natal de todos os dias.
Leonardo Boff diz: Por que Advento se o Cristo já veio há dois mil anos? Em sua reflexão escreve que a Luz que irrompeu continua chegando, como um feixe de luz para cada um. Hoje, ainda é Advento. Ainda há homens vivendo no Antigo Testamento à espera do Messias, da Salvação cantada pelos profetas. Ainda não abrimos nosso coração para que Deus possa escrever sua VIDA, como sonhava os profetas e nós também. A reconciliação do homem com o homem, com a Natureza, é ainda um suspiro dolorido. Diálogo com Deus uma quimera. Ele nos espreita, sorri e estira sua mão, como o poeta em sua poesia. Ele nos lê.
Vivemos o Advento de nós próprios; espera da nossa reconciliação com o nosso EU, com o nosso EGO; desejo de redenção, ânsia da libertação. Trilhar na leveza do desapego, do que nos engaiola e nos impede de amar de ser feliz. Deus nos quer felizes. É Natal.
Vela branca...sobreposição de todas as cores, de tudo que somos. Ela não é ausência, o preto, sim. Oremos para que o branco se faça presente, que a negritude se torne opaca diante da LUZ que converge e nos encontra, mesmo pequenos, mesmo imperfeitos.
É Advento!
Abraço da Olynda

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