12 de ago. de 2018

O melhor da vida


                                                             O melhor da vida


Eu construí caixas sombreadas,
onde presente e passado entrevados
adormecem.

Vasculhei o interior com mãos inquietas
e seus bilhetes de amor
amarrotados, não mais estão.

Na ausência da paixão em palavras,
ouço nossa música não tocada na
lembrança de um poente.

O amor se foi como um trem
no silêncio de seu sino, no 
desvio de seus trilhos.

No vazio, restou-me a fumaça que o céu aspira
e me foge do olhar.

No embarque e desembarque,
nas abas abertas – meu presente desperta. 
Pareio de minha alma amante, da 
vida em atalhos.

Sofro saudade e sigo no pêndulo
do tempo. 
Tempo “ do melhor da vida – ela mesma”.

Blim blom...blim... blom...
Olynda Bassan

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