O melhor da vida
Eu construí caixas sombreadas,
onde presente e passado entrevados
adormecem.
Vasculhei o interior com mãos inquietas
e seus bilhetes de amor
amarrotados, não mais estão.
Na ausência da paixão em palavras,
ouço nossa música não tocada na
lembrança de um poente.
O amor se foi como um trem
no silêncio de seu sino, no
desvio de seus trilhos.
No vazio, restou-me a fumaça que o céu aspira
e me foge do olhar.
No embarque e desembarque,
nas abas abertas – meu presente desperta.
Pareio de minha alma amante, da
vida em atalhos.
Sofro saudade e sigo no pêndulo
do tempo.
Tempo “ do melhor da vida – ela mesma”.
Blim blom...blim... blom...
Olynda Bassan
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