12 de set. de 2018

Símbolo - uma linguagem...


Símbolos...
O nosso querido e saudoso Padre Jesus explorava os símbolos, em suas celebrações. Repetia sempre que “o visível revela o invisível”. Os sentimentos da alma; quer sejam pétalas em ternura, em amor, oração ou espinhos das angustias, da raiva, da aridez, se manifestam no corpo que fala em expressões e gestos. Um laço, para quem ama, vem amarradinho de valores. Vai além de uma fita de cetim. Uma flor...
Na espiral do meu amor pela família, amigos e até pelos amigos que se desapegam, crio símbolos para contar do espaço imensurável que ocupam em mim. Não leem minha alma à distância, mas podem quantificar nos cinco sentidos, a oferenda de um coração.
A rosa da lembrancinha do nascimento da Valentine - o vaso vazio - a floreira vazia, não são decorações da minha cozinha. Lavo, cuido para que a sombra da poeira não os ofusque. Deixo o vaso, a floreira sem flores e o frasco vazio. São possibilidades...é a espera pelo belo. É esperança. É vida que será preenchida, no cotidiano.
Na penumbra do amanhecer eu enxergo nestes símbolos, meus netos desbravando caminhos, plantando flores, colorindo o mundo na energia do crescimento. Nos meus lábios uma prece por todos eles. É manhã...
Neste final de semana, minha reflexão especial é para a Valentine, na celebração de sua primeira comunhão.
Esta pequena está enchendo sua talha de águas do Espirito, do Amor do Jesus Menino, do Melhor Vinho. Que imagem linda!!!!! Que símbolo!!!!! Ela, de mãozinhas postas, no silêncio orante, de joelhos dobrados, nos emocionou e nos disse que ela conhecia e acolhia quem a estava visitando. Era só Ele e ela, naquele momento. Era o vaso vazio sem tampa, predisposto ao NOVO, à VIDA, em abundância. Sua conversa com Jesus por certo foi uma delícia e deixou o Cristo bem alegre. O papo foi longo. “Vinde a mim as criancinhas.” E Valentine abria espaço para Jesus habitar em seu ninho fofinho.
A Família fez um coro vivo em torno da Valentine, na voz dos Anjos da Guarda. Os priminhos a abraçavam no carrossel da alegria. É tanto amor entre eles, extasia. E Cristo aí está. Ah, o papai Pedro, a mamãe Path externavam a admiração pelo fruto gerado. O afeto imenso na emoção da face, na luz do olhar, na voz que entoava os cânticos da celebração. A criança se deixou aflorar. Amor infindo, que explode o peito.
Tudo foi Graça! Lemos os símbolos no encontro da família, na celebração da Catedral Anglicana. E sorrimos porque TUDO era bom.
Gratidão...Pedro, Path, Valentine. Continuem, perseverem em oração.
É símbolo...
Não é objeto...
É amor...
Olynda Bassan

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