21 de jul. de 2017

Os Refugiados

Hoje é o ' Dia dos Refugiados". Minha homenagem em poesia e oração.

LÁGRIMAS DE UM POVO ERRANTE, folha solidão,
imagem de sua lágrima.


"Vidas que se acabam a sorrir,
luzes que se apagam e nada mais".
Charles Chaplin

Noite fria , já é manhã -,ainda escrevo.
A música me faz lembrar dos refugiados errantes.
Vidas vão sendo ceifadas pelos mares encapelados.
Ondas se projetam ao céu. Conhecem o inferno,
das almas que navegam.
Nada leva a lugar nenhum.
Quem sou? Um errante? Um rótulo?
Carrego o de “refugiado”. Um número.
Expurgo de um nome, de um rosto sem identidade.
Sonho alimentado no direito à vida.
Um canto, que sintam minha humanidade!
Travessia doída. Mãos se desprendem como
laços de fita seccionadas no sangue da esperança.
Rostos que se distanciam, olhares que se afastam.
No meio do mar - queimam, a pele e a alma.
O sol, a sede, a fome.
Cadê meu menino? cadê meu pai? minha mãe?
Cadê minha boneca, minha bola?
Não desisto dos meus sonhos.
Sou Gente! sou Esperança!

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