14 de nov. de 2015

Olhar tímido







Olhar tímido


Um risco.
Um caminho.
Transponho pedras.
Ergo pontes, me apresso
na ousadia de regar
meu  sonho/ semente.

Vivo o novo...e de novo,
onde o amor grita, ainda que mudo.
Ruído no coração, em sons difusos, traz
o anseio de encontros de almas, na
vida que renasce.

 Imagino sua voz macia de travesseiro,
Como  cantiga  que me embalaria,
o que já  o embalara na alma.
 Imagens de ilusões. Sonho!

No precipitar das nuvens, como chuva
densa  de você,  te enxergo na névoa  e
perco a pressa. Me   aconchego,  quieta,
encolhida,  presa no seu olhar tímido,
 quase  menino, que me busca em abraços
de carícias, num canto qualquer
do  sentimento, silente e pulsante.



                                             Olynda Bassan

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