19 de set. de 2019

Minha boneca, Pétala

No meu aniversário, com olhos faiscando criancice, a querida amiga Nadja Goes Axcar, me fez abrir o seu presente, antes de todos - " é para você voltar a ser criança, sempre" .uma surpresa de meninice, gritinhos de alegria. Foi uma farra boa.
Em uma das minhas cirurgias, minha filha Elô, me presenteou com um ursinho. O médico conversava com a minha pelúcia nas visitas e riamos.
Em que momento o dispensei? Tornei - me muito adulta? Ainda me lembro dele.
Mas, a Nadja me devolveu este simbolismo de coisa de pequena, de infância que brinca, que se encanta, passa o tempo passa.
Eu perfumei minha bonequinha de pano, de carinha de criança arteira, com perfume de bebê. Durmo com ela abraçadinha. Aconchego a mim: meus filhos, netos, família, amigos virtuais, de perto , até os que se afastaram, mas que continuo amando de paixão. Abraço meus ancestrais, que me construíram do que tinham de melhor e de pior
Assim somos...
Oro a Deus, com a ternura de não estar só, para que o Universo diga sim aos sonhos de cada pessoa entranhada no brinquedo de pano. No meu olhar é mais que um pedaço de tecido em forma de boneca. Traz o jeito de ser da Nadja, entrelaçado ao meu.
A bonequinha de pano fica na minha cama, me chamando à alegria, quando entro no quarto, nos meus afazeres. " Coloque um sorriso neste rosto, menina", a sua janela se escancara para a vida..
Outro dia cansada, me deitei no sofá. A netinha Luísa chegou. E da porta, correu buscar a bonequinha e a colocou em meus braços .Pura sensibilidade.
Foi um abraço duplo.
Ah, ela se chama Pétala. Nome dado também, pela Luísa
A Pétala, é ou não é, uma gracinha?
Olynda Bassan

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