9 de mai. de 2018

Cadê?


            Cadê?

O sono se foi...a poesia ocupou o espaço... Então bom dia no improviso, sem retoques
A onda do mar no seu vai e vem
se quebra toda, para não machucar ninguém.
Cadê alguém?
A onda do mar se avoluma, vem roncando.
Se faz suave para beijar os pés
atolados na areia.
Cadê pés?
A onda do mar vem dançando,
trazendo conchas para enfeitar
o colo da moça.
Cadê moça?
A onda do mar, no enigma do seu ventre,
se faz leite em espumas, para alimentar a criança.
Cadê criança?
A onda do mar chega transparente, cantando, para alegrar o rosto
com um sorriso.
Cadê rosto?
Apenas um olhar no silêncio.
Na praia vazia, a visita da onda do mar.
Olynda Bassan

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