21 de fev. de 2016

Chuva; rosas ausentes




                                                                                                        Foto do fotógrafo Striati


Do quarto, à xícara de café,
vejo o asfalto espelhado,
pela tempestade intermitente

Durmo meu sono ocioso.
Águas desmancham a Mãe
Terra em fragmentos de dor

Desliza a terra, rola a pedra
Cratera aflora, engole um mundo
Exéquias de gente

Na casa, na alma sem chão,
espinhos em rosas ausentes,
rasgam a pele deste povo
.
Águas solapam histórias,
abrigo, sonhos e raízes no
alagado; Notícias do Jornal.

No céu cinza brilha o bem.
Mãos/ doação aquecem a lágrima
do olhar perdido no infinito.

Anjos sem asas, amor sem medida.
Neles, o” Cristo humano”, o qual
suja o pé na lama do coração do outro

O poema da moradora desolada
“ a perda é material, a emoção é luto”
Minhas pegadas inundadas.

Homem em prece, no
desamparo encontrar
a felicidade onde parece inviável.

Fé, Esperança, Ação
Pilares do reinventar -se
na “desimportância” social e política.
Olynda Bassan


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