Espelho
Ah! Espelho, és implacável!
Vai me diz, vai, que meus 20, 40 anos
Distantes estão...
Da juventude, linda, graciosa
Luzente! Lembranças...
Entremeio a perdas e ganhos
Do caminho que trilho
Fisgo o que me faz feliz
Faço o entusiasta jogo do mas..
O dedo entorta, mas aponta o amanhã
A pele enruga, mas a vitalizo com
alegria
Prega nos lábios? Que me importa?
Sorrio
Síndrome de solidão?
Busco-me companhia.
Não me tiras, o precioso tempo.
Compasso da Sinfonia do meu Deus.
Pequeno, ou longo, não sei...
Mas o suficiente para viver
Intensamente meus instantes
Efêmeros, mas singulares.
Ah! Espelho, espelho meu...
Conhece meu exterior, apenas papel
De uma alma que acoberta, ainda
Inebriada de amor, o prazer pela vida
o gosto por vocês.
De mim, nada sabes...
Olynda
Bassan
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