Tudo passa... Quando deixamos ir...
Tudo passa... Quando o desapego se aninha e
surrupia o lugar da posse que bate o pé e insiste em ficar.
Tudo passa... Quando pelo nosso amor próprio reconhecemos
que, o que termina, termina...
Tudo passa... Quando num movimento interior
buscamos caminhos de paz, de perdão, de recomeço.
Tudo passa... Quando eu consigo acalmar as
águas revoltas de um mar que carece de calmaria.
Tudo
passa... Quando acreditamos que águas doces saciarão minha sede; distantes das
águas salgadas que queimaram minha pele pelo desamor.
Tudo passa... Quando não mais represamos as
águas das mágoas, rancores. Quanto mais diques construímos, como defesa, mais nos distanciaremos de novos
portos, de novas chegadas.
Tudo passa... Quando o “tudo de ruim” for
acomodado num lugar do meu passado, porque eu mereço “tudo de bom”.
Tudo passa... Quando percebo que a tristeza
me faz doente, dando um sabor amargo à vida que deveria ser doce.
Tudo passa... Quando colocamos as mãos em nossos
trincos emperrados, abrindo as portas desafiadoras para o novo.
Tudo passa... Quando não abro mão dos meus
sonhos... do que sou... do que quero.
Tudo passa... Quando temos consciência de que
todo luto, pela perda que for, tem seu tempo para se findar.
Tudo passa... Quando não permito que as
cicatrizes façam sulcos em minha carne e na minha alma.
Tudo
passa... Quando deixamos ir; mesmo com lágrimas, embargo na garganta, e
querendo o contrário.
Tudo passa... Quando o passado não me
sombreia, mas me constrói.
Tudo passa... Quando me liberto. Subindo até
à altura que o vento me levar. Aplaino e gozo da paz que este voo me
presenteia.
Tudo passa... Quando o arco - íris surge,
mesmo com suas cores tênues, e faz uma aliança de esperança, de alegria entre
mim e minha alma.
Tudo passa...
Pois vamos nos desapegando aos poucos, vamos nos despindo de velhos hábitos, sentimentos, crenças, à medida que apuramos nosso olhar na maturidade e aí sim, vamos escolhendo novas roupagens, novos caminhos, novos modos de ser! Isso sim é individuação! Rumo à ela!
ResponderExcluirObrigada, amiga Eliane. O que é viver... sem mudança de roupagem, sem transformações... na mesmice? Vamos lá. Uma vida nos espera...
ResponderExcluirAdorei o texto minha amiga! Pois é, tudo passa...como ciclos da vida que se esgotam, para surgirem outras partidas, novos sonhos, esperanças, alegrias, tristezas... O importante é preencher cada instante da vida com muito amor, até atingir a plenitude de cada viver com muita satisfação! Parabéns pelo seu belo pensar! Abraços, Onilda N. de Oliveira.
ResponderExcluirObrigaaaaaaaaaaada, Onilda. Sua atenção me é preciosa. Abraço
ResponderExcluirAdorei dona Olynda.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, posto 4. Ainda bem, não? É esperançoso... Abraço
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